A ativista bolsonarista Sara Winter tornou-se um dos principais focos de atenção com a deflagração de operação da Polícia Federal contra suspeitos de espalhar fake news. Uma das pessoas que teve equipamentos eletrônicos apreendidos, Winter foi às redes e gravou uma crítica em tom de ameaça ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a operação. Pois esse vídeo, na opinião do procurador Vladimir Aras, pode levá-la à prisão.
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Moraes aponta que empresários financiaram uso de robôs para disseminar ataquesIndícios evidenciam atuação de empresários em esquema de fake news, diz MoraesDecisão de Moraes sobre sigilo de empresários pode influenciar TSEJanaina Paschoal lança suspeita sobre Sara Winter: 'Nem tudo é o que parece ser'Alexandre de Moraes aponta cinco crimes em conduta de Sara WinterIrmão de Sara Winter: 'Deveriam ter levado você também, irmã querida'Após busca e apreensão, blogueiro chama Moraes de 'moleque e criminoso'O artigo 312 do Código de Processo Penal, citado por Aras, diz: "A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria".
"Pior decisão da sua vida"
No vídeo, Sara diz que desejaria "trocar soco" com Moraes e afirma que o ministro "nunca mais vai ter paz na vida". "Você me aguarde, senhor Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. A gente vai infernizar sua vida, vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor... A gente vai descobrir tudo da sua vida até o senhor pedir para sair. Hoje o senhor tomou a pior decisão da sua vida", disse.
Sara Winter mora em Brasília e é uma das lideranças do grupo autointitulado "300 do Brasil", que acampou em frente ao STF. O grupo já foi chamado de "milícia armada" pelo Ministério Público do Distirto Federal e Territórios, que recomnedou ao Governo do Distrito Federal a proibição de o grupo continuar se reunindo no local.