O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira, 28, numa tentativa de esfriar os ânimos entre os Poderes. No encontro, que não estava previsto na agenda, o senador iniciou a conversa dizendo ser preciso "pacificar o País". Como resposta, ouviu que o presidente exige "respeito".
A reunião, pedida por Alcolumbre, ocorreu horas após o Bolsonaro ameaçar descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal. Segundo interlocutores, o senador foi ao Palácio no intuito de se colocar como um "emissário da paz" e defender o diálogo para que a "corda não estique mais".
A conversa entre os dois durou cerca de 40 minutos. Ao retornar ao Congresso, Alcolumbre comentou com alguns senadores que a conversa foi "honesta e sincera".
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também defendeu o diálogo. "É importante que todos os poderes possam continuar dialogando. Nós começamos um encaminhamento de diálogo muito produtivo. Não podemos, em um momento de crise, desorganizar e deixar que instituições fiquem conflitando e gerando insegurança para toda sociedade. O diálogo é importante", disse Maia.
A reação dos chefes do Legislativos ocorre após Bolsonaro subir o tom do confronto com Supremo após a investigação das fake news fechar o cerco contra o chamado "gabinete do ódio", grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho zero dois do presidente. Em operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, a Polícia Federal apreendeu, nesta quinta-feira, documentos, computadores e celulares em endereços ligados a pessoas suspeitas de atacar, ofender e caluniar integrantes da Corte nas redes sociais.
Bolsonaro reagiu em tom exaltado nesta quinta-feira. "Idiotas inventaram (a expressão) gabinete do ódio. Outros imbecis publicaram matérias disso e lamento julgamento em cima disso", afirmou. O presidente voltou a criticar ministros da Corte e afirmou que "ordens absurdas não se cumprem".
As declarações foram criticadas por Maia. "Qualquer cidadão pode recorrer de decisão de qualquer ministro do STF, mas tem que ser pelos caminhos legais, não pela forma de tentar intimidar ou acuar outro Poder sobre as decisões que toma", afirmou Maia. "As declarações de hoje (quarta-feira) do presidente são muito ruins. Vão no caminho contrário de tudo o que a gente começou a construir, todos os Poderes juntos, desde a semana passada".
Na quarta-feira, 27, após a operação, Bolsonaro convocou uma reunião de emergência com ministros no Palácio do Planalto para discutir uma reação do governo ao Supremo. Uma das medidas tomadas foi um habeas corpus preventivo para o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Integrante da ala ideológica do governo, Weintraub foi convocado pelo Supremo para prestar depoimento na Polícia Federal após dizer que, por ele, magistrados da Corte deveriam ser presos. O depoimento também faz parte do inquérito das fake news, a mesma investigação que tem como alvo apoiadores do governo.
A reunião, pedida por Alcolumbre, ocorreu horas após o Bolsonaro ameaçar descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal. Segundo interlocutores, o senador foi ao Palácio no intuito de se colocar como um "emissário da paz" e defender o diálogo para que a "corda não estique mais".
A conversa entre os dois durou cerca de 40 minutos. Ao retornar ao Congresso, Alcolumbre comentou com alguns senadores que a conversa foi "honesta e sincera".
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também defendeu o diálogo. "É importante que todos os poderes possam continuar dialogando. Nós começamos um encaminhamento de diálogo muito produtivo. Não podemos, em um momento de crise, desorganizar e deixar que instituições fiquem conflitando e gerando insegurança para toda sociedade. O diálogo é importante", disse Maia.
A reação dos chefes do Legislativos ocorre após Bolsonaro subir o tom do confronto com Supremo após a investigação das fake news fechar o cerco contra o chamado "gabinete do ódio", grupo de assessores do Palácio do Planalto comandado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho zero dois do presidente. Em operação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news, a Polícia Federal apreendeu, nesta quinta-feira, documentos, computadores e celulares em endereços ligados a pessoas suspeitas de atacar, ofender e caluniar integrantes da Corte nas redes sociais.
Bolsonaro reagiu em tom exaltado nesta quinta-feira. "Idiotas inventaram (a expressão) gabinete do ódio. Outros imbecis publicaram matérias disso e lamento julgamento em cima disso", afirmou. O presidente voltou a criticar ministros da Corte e afirmou que "ordens absurdas não se cumprem".
As declarações foram criticadas por Maia. "Qualquer cidadão pode recorrer de decisão de qualquer ministro do STF, mas tem que ser pelos caminhos legais, não pela forma de tentar intimidar ou acuar outro Poder sobre as decisões que toma", afirmou Maia. "As declarações de hoje (quarta-feira) do presidente são muito ruins. Vão no caminho contrário de tudo o que a gente começou a construir, todos os Poderes juntos, desde a semana passada".
Na quarta-feira, 27, após a operação, Bolsonaro convocou uma reunião de emergência com ministros no Palácio do Planalto para discutir uma reação do governo ao Supremo. Uma das medidas tomadas foi um habeas corpus preventivo para o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Integrante da ala ideológica do governo, Weintraub foi convocado pelo Supremo para prestar depoimento na Polícia Federal após dizer que, por ele, magistrados da Corte deveriam ser presos. O depoimento também faz parte do inquérito das fake news, a mesma investigação que tem como alvo apoiadores do governo.