O presidente Jair Bolsonaro criticou, na manhã desta segunda-feira (1º/6), o ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro. Falando sobre a questão armamentista, o chefe do Executivo federal disse que ele sempre esteve alinhado com a esquerda.
A fala foi feita após um apoiador agradecer ao presidente pela derrubada da Instrução Normativa (IN) 131. "Para vocês entenderem quem estava do meu lado. Essa IN 131 é da Polícia Federal, mas por determinação do Moro. Ele, com instruções normativas, ignorou decretos meus, ignorou a lei para dificultar a posse de arma de fogo para as pessoas de bem", afirmou.
E completou dizendo que Moro era a favor de criar uma portaria que fixava multas para a população que estivesse nas ruas, desobedecendo as medidas de saúde impostas como prevenção ao coronavírus. "Assim como essa IN, tem uma portaria também que o ministro novo revogou que, apesar de ter força de lei, ela orientava a prisão de civis. Por isso que, naquela reunião secreta, o Moro ficou calado de forma covarde", disse.
"É isso que estava acontecendo. E ele queria ainda uma portaria depois que multasse quem estivesse na rua... Perfeitamente alinhado com outra ideologia que não era a nossa. Graças a Deus ficamos livres dele", alfinetou.
Ao deixar o governo, Moro acusou o presidente de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal. Após a saída do ex-ministro da Justiça, Bolsonaro trocou o diretor chefe da PF, que, por sua vez, determinou trocas nas superintendências. O caso é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Posse de arma
Bolsonaro também voltou a defender a flexibilização de posse de armas legal. "Uma arma legal não é para cometer crimes, mas para evitar crimes. Por que a vagabundagem que sempre é defendida pela mídia tem arma ilegal. Tanto que a campanha do desarmamento nunca foi para cima de quem tinha arma ilegal, mas para cima do cidadão de bem. E o que eu disse, naquela reunião reservada, que foi classificada como secreta, não falei que o povo armado jamais será escravizado? O povo armado de forma legal", concluiu.