O ex-ministro de Justiça e Segurança Pública Sergio Moro rebateu o presidente Jair Bolsonaro que, na manhã desta segunda-feira, contestou algumas ações do ex-juiz à frente da pasta, chegando a chamá-lo de ‘covarde’. Moro disse que ‘quem se utiliza da ofensa, é porque não tem razão ou argumentos’.
Bolsonaro, em conversa com apoiadores na porta do Palácio do Alvorada, disse que Moro dificultou a flexibilização do posse de arma de fogo para a população e que o ex-ministro era a favor de criar uma portaria que fixava multas para a população que estivesse nas ruas, desobedecendo as medidas de saúde impostas como prevenção ao coronavírus.
Em nota, Moro afirmou que "defendia medidas que envolvessem diálogo e convencimento" e que "prisões eram feitas somente em caráter excepcional", como pessoas cientes de que estavam infectadas pela COVID-19, mas que mesmo assim saíam para as ruas. Sobre a flexibilização da posse de arma, Moro disse que "não podia pretender, como desejava Bolsonaro, uma espécie de 'rebelião armada' contra medidas sanitárias impostas por governadores e prefeitos".
Moro finalizou a nota rebatendo a ofensa feita por Bolsonaro, que chamou o ex-ministro de ‘covarde’ e dando ‘graças a Deus’ por ele ter deixado a pasta.
“Sobre a ofensa pessoal feita, meu entendimento segue de que quem utiliza desse recurso é porque não tem razão ou argumentos”, concluiu.
Veja a nota de Sergio Moro na íntegra