O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a criticar a prorrogação de mandatos como uma saída em eventual adiamento das eleições municipais de 2020 em razão da pandemia. Para Maia, o pleito pode, "no limite", ser adiado, mas sem prorrogação de mandatos. O presidente da Câmara defendeu que as eleições ocorram ainda neste ano.
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Maia sobre Sérgio Moro: 'Não sei se ele é candidato, mas tem reagido como político'Maia diz não ver risco de ruptura, sociedade rechaça qualquer ameaça à democraciaMaia: Congresso e STF 'têm respondido à altura' afirmações do presidenteMaia diz que decidirá sobre pedidos de impeachment de Bolsonaro 'no momento adequado'Na visão do parlamentar, a prorrogação de mandatos se tornaria um precedente perigoso. "É um risco institucional muito grande", disse. O entendimento de Maia é que, no futuro, isso pode ser utilizado eventualmente para um governo "com ampla maioria" no Congresso esticar sua permanência no Poder.
"Não para o governo Bolsonaro, que eu acho que ele nunca vai querer ter maioria no Parlamento. Mas daqui a oito anos, um governo com ampla maioria encontra motivo para uma crise e prorroga seu mandato utilizando como precedente a prorrogação de prefeitos e vereadores. Esse é o único risco que não podemos correr. Adiar, no limite, podemos fazer. Prorrogar seria um erro muito grande", disse.
Pretensões
Maia ainda afirmou que não está preocupado com a próxima eleição para a presidência da Câmara, programada para ocorrer em fevereiro de 2021. "Com quase 30 mil mortos, acha que estou preocupado com eleição para a presidência da Câmara?", respondeu.
Questionado ainda sobre seu futuro na política, e se haveria uma pretensão a ser candidato à presidência da República, Maia afirmou que não está "olhando" para isso no momento. "Todo mundo tem pretensões, eu também tenho as minhas, mas não estou olhando isso agora", afirmou.