O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta terça-feira (2/6), que não pretende apoiar candidatos a prefeitos nas eleições municipais deste ano. Ele justificou dizendo que tem "muito trabalho" em Brasília para se meter em política neste ano. A fala foi feita na saída do Palácio da Alvorada a um bolsonarista que pedia apoio na corrida eleitoral.
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Pelo segundo dia consecutivo, o chefe do Executivo voltou a criticar o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, em relação à posse e ao porte de armas. Bolsonaro afirmou que a revogação era papel de Moro após um outro apoiador reclamar sobre as medidas da Polícia Federal que restringem acesso. O homem agradeceu ao presidente pela derrubada da Instrução Normativa 131 e pediu que Bolsonaro mudasse também a portaria que versa sobre armeiros.
“Peça para dar uma olhada na portaria 2259 de 2011 que trata do armeiro. Hoje é praticamente impossível se cadastrar como armeiro no Brasil”, disse. Bolsonaro então respondeu: “Você nem precisava estar falando isso. Era para um ministro ter feito isso, né?”, retrucou.
O apoiador prosseguiu: “Sobre a IN 111 de 2017, que era coisa que o ex-ministro traidor devia ter feito algo simples, algo rápido e não precisaria ter exposto o senhor no decreto do cofre e no decreto que o senado derrubou”. O presidente rebateu: “Ele queria o cofre. Não vou nem complementar.”
Coronavírus
Uma mulher que também estava no local pediu que Bolsonaro enviasse uma mensagem de conforto para as famílias enlutadas em consequência da pandemia do covid-19. Bolsonaro, de pronto, disse: “A gente lamenta todos os mortos, mas é o destino de todo mundo.”
De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil conta 29.937 óbitos causados pelo novo coronavírus. Bolsonaro aproveitou para falar sobre o uso da cloroquina no tratamento do vírus, que não possui eficácia comprovada.
“Pessoal que reclama contra a cloroquina não tem alternativa. Nós sabemos que pode não ser realmente isso tudo que alguns pensam. Mas é o que aparece no momento. Tem relatos de pessoas, tem muitos médicos favoráveis”, concluiu.