O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na manhã desta terça-feira (2/6), que lamenta o número de mortos no país em consequência do novo coronavírus, mas que, eventualmente, a morte é o destino de todas as pessoas.
A fala ocorreu quando uma apoiadora que estava na saída do Palácio da Alvorada pediu que Bolsonaro enviasse uma mensagem de conforto para as ‘inúmeras famílias enlutadas’ em consequência da pandemia. Bolsonaro, de pronto, disse: “A gente lamenta todos os mortos, mas é o destino de todo mundo”.
De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil conta 29.937 óbitos causados pelo novo coronavírus. Bolsonaro também falou sobre o uso da cloroquina no tratamento do vírus, que não possui eficácia comprovada.
“Pessoal que reclama contra a cloroquina não tem alternativa. Eu sou contra isso, mas aponte… Nós sabemos que pode não ser realmente isso tudo que alguns pensam. Mas é o que aparece no momento. Tem relatos de pessoas, tem muitos médicos favoráveis e tem uma briga farmaceutica muito grande também”, apontou.
Eleições municipais
O chefe do Executivo disse também que não pretende apoiar candidatos a prefeitos nas eleições municipais deste ano. Ele justificou dizendo que tem "muito trabalho" em Brasília para se meter em política neste ano. A fala foi feita a um bolsonarista que pedia apoio na corrida eleitoral.
“Não pretendo apoiar prefeito em lugar nenhum. Não pretendo, deixar bem claro. Não tenho partido, para exatamente não se meter em política esse ano. Tenho muito trabalho aqui em Brasília para estar entrando em eleições municipais”, relatou.
Moro
O chefe do Executivo ainda criticou novamente o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em relação à posse e ao porte de armas. Ele afirmou que a revogação das mesmas era papel de Moro após um outro apoiador reclamar sobre as medidas da Polícia Federal que restringem acesso a armadas. O homem agradeceu ao presidente pela derrubada da Instrução Normativa 131 e pediu que Bolsonaro mudasse também a portaria que versa sobre armeiros.
“Peça para dar uma olhada na portaria 2259 de 2011 que trata do armeiro. Hoje é praticamente impossível se cadastrar como armeiro no Brasil”, disse. Bolsonaro então respondeu: “Você nem precisava estar falando isso. Era para um ministro ter feito isso, né?”, retrucou.
O apoiador prosseguiu: “Sobre a IN 111 de 2017, que era coisa que o ex-ministro traidor devia ter feito algo simples, algo rápido e não precisaria ter exposto o senhor no decreto do cofre e no decreto que o senado derrubou”. Bolsonaro rebateu: “Ele queria o cofre. Não vou nem complementar”.