Jornal Estado de Minas

NA PF

Weintraub se nega a responder perguntas e entrega informações por escrito

(foto: Reprodução)

 O ministro da Educação, Abraham Weintraub, compareceu à Polícia Federal pra prestar depoimento na tarde desta quinta-feira (4/6) e saiu do local carregado por apoiadores, que o aguardavam em frente a sede da corporação, em Brasília. De acordo com fontes na corporação, ele entregou apenas um documento, com informações por escrito, e não respondeu perguntas dos investigadores.



 

Acusado de crime de racismo contra chineses, ele foi chamado a prestar depoimento no âmbito do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro ficou menos de 30 minutos no local. A defesa dele havia solicitado ao ministro Celso de Mello, relator do caso, que fosse concedida a ele a possibilidade de depor em dia e local previamente agendado.

No entanto, o magistrado negou, ressaltando que o cargo de ministro de Estado não concede esse benefício. Não é facultado também, aos ministros do Executivo, a possibilidade de prestar depoimento por escrito.

 

No depoimento anterior, em que o ministro foi acusado de atacar o Supremo, ao dizer que colocaria todos "esses filhos da puta na cadeia, começando pelo STF", ele ficou em silêncio e não respondeu nenhuma das perguntas feitas pela PF ou Ministério Público.



 

Ao ir até o local, nesta quinta-feira, Weintraub compareceu sem usar máscara, como determina decreto distrital, em razão da pandemia de coronavírus e pegou na mão de manifestantes.

 

Na manhã desta quinta-feira, o ministro defendeu a "liberdade de expressão" em postagem no Twitter.

"Enriquecimento ilícito, servidor público bilionário e roubar o dinheiro do cidadão, do pagador de impostos, deveria ser o principal crime a constar na Lei de Segurança Nacional. A LIBERDADE de expressão não pode ser violada, sob nenhum pretexto", publicou. Ele também trocou sua foto de perfil e passou a usar uma imagem em que aparece com uma mordaça na boca (ao lado).