O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) divulgou um vídeo nesta quinta-feira (4) do ministro da Educação, Abraham Weintraub, saindo da sede da Polícia Federal, onde foi prestar depoimento por suposto crime de racismo. Na imagem, o ministro é carregado por apoiadores e grita palavras de ordem em um megafone.
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Weintraub se nega a responder perguntas e entrega informações por escritoWeintraub já está na sede da PF em Brasília para prestar depoimentoMP que permite que Weintraub escolha reitores será contestada na JustiçaWeintraub faz novo ataque à China em defesa por escrito Lava Jato denuncia executivos por US$ 10 mi em propinas a Renato DuqueNo começo de abril, Weintraub fez insinuações de que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus em rede social. Depois, ele apagou o texto. A publicação imitava o jeito de falar do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que troca a letra "R" pela "L". Na época, foi relatado que o ministro ridicularizou o fato de alguns chineses, quando falam português, efetuam a mesma troca de letras, em função do sotaque. Dias depois, Weintraub afirmou que poderia pedir perdão pela publicação, caso a China se comprometesse a fornecer respiradores ao Brasil.
Na semana passada, um dos filhos do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), defendeu a permanência do ministro no governo. De acordo com ele, as falas de Weintraub, algumas delas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), têm apoio de grande parte da população. Ao falar sobre o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que Weintraub chama os ministros do Supremo de vagabundos, Eduardo afirma que o aliado “não cometeu crime algum”.
De acordo com o parlamentar, apesar das falas terem sido mal recebidas pelo STF, existe um movimento no Twitter a favor da candidatura de Weintraub ao governo de São Paulo. “E pasmem, ou não pasmem, quando saiu a fala do ministro Abraham Weintraub sobre o STF, a popularidade dele aumentou. As pessoas agora estão começando a pedir o Weintraub para governador de São Paulo.”
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa