O presidente da República, Jair Bolsonaro, tem enfrentado maior rejeição nas redes sociais por sua postura na pandemia do novo coronavírus do que pelas crises políticas vividas por seu governo. Dados do Twitter levantados pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV/Dapp) a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostram que o presidente perdeu capacidade de atrair novos seguidores desde março, quando pediu o fim do isolamento social. Esse foi também o momento em que recebeu mais comentários negativos na rede social.
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Desde o dia seguinte, ele passou a apresentar queda significativa em seu saldo de novos seguidores e até 22 de maio não havia conseguido se recuperar, chegando a perder seguidores, de acordo com a análise.
Para o diretor de Análise de Políticas Públicas da FGV, Marco Aurélio Ruediger, o governo falhou na avaliação sobre o impacto que a pandemia teria.
Isso fez com que Bolsonaro perdesse uma parte do capital político de apoio que parte do centro emprestava para a direita. "A pandemia turbinou uma crise política que já estava à vista."