Na esteira do que fez o chefe do Executivo americano, Donald Trump, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar a Organização Mundial da Saúde e disse que pensa em romper relações com o órgão.
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Bolsonaro publica supostas diretrizes da OMS sobre masturbação e relações homossexuais para criançasBolsonaro desdenha de orientações da OMS e diz que presidente da organização 'não é médico'Bolsonaro distorce fala de diretor da OMSInternautas chamam a atenção: Trump não segue Bolsonaro no Twitter'Não vamos correr para atender a Globo, a TV Funerária', diz Bolsonaro sobre atraso na divulgação de balanços da COVID-19Pelo 3º dia seguido, Ministério da Saúde atrasa divulgação de dados sobre COVID-19"A OMS é o seguinte. O Trump cortou a grana deles, voltaram atrás em tudo. Um cara que nem é médico. E eu adianto aqui. O Estados Unidos saiu (sic) da OMS e a gente estuda, no futuro, ou a OMS trabalha sem o viés ideológico, ou nós vamos estar fora também. Não precisamos de gente lá de fora dar palpite na saúde aqui dentro", afirmou o presidente.
Bolsonaro seguiu com tom agressivo contra a organização e voltou a politizar os estudos com o medicamento hidroxicloroquina.
"Ou a OMS deixa de ser uma organização política, até partidária, ou nós estudamos sair de lá. E outra coisa, a própria OMS diz, cada país, cada caso é um caso. O presidente disse isso aí. Falou que não podemos tirar o direito de ir e vir dos mais humildes que tinham que buscar o pão para dentro de casa. Aqui no Brasil fecharam tudo. Então para que que serve essa OMS? A OMS recomendou há poucos dias não prosseguir mais o estudo sobre a hidroxicloroquina. Agora voltou atrás. É só tirar a grana deles que eles começam a pensar de maneira diferente", disse.
Nessa quinta-feira, a revista científica The Lancet publicou uma nota de retratação dos autores do estudo com cloroquina e hidroxicloroquina para Covid-19, publicado por ela própria em 22 de maio.
Os cientistas afirmaram não poder mais garantir a veracidade dos dados usados para fundamentar a pesquisa, que havia constatado risco no uso das substâncias contra o novo coronavírus.