Após citar que, se tivesse feito como o Brasil, os Estados Unidos teriam mais de 2 milhões de mortos pelo novo coronavírus, Donald Trump parece não ser um fã incondicional de Jair Bolsonaro. No Twitter, pelo menos, o presidente americano não segue o brasileiro. O fato chamou a atenção dos internautas na noite desta sexta-feira(5/6).
O mandatário brasileiro não está na lista de "seguindo" do norte-americano na rede social.
O mandatário brasileiro não está na lista de "seguindo" do norte-americano na rede social.
Bolsonaro, por sua vez, segue cerca de 400 pessoas e continua acompanhando Trump.
Nesta sexta, Trump criticou a forma como o Brasil vem lidando com a pandemia da COVID-19 e disse que o país tem usado a Suécia como exemplo para não adotar medidas rigorosas de isolamento.
O Brasil registou nesta sexta-feira mais 1.005 casos fatais e soma 35.026 mortes pela COVID-19. De acordo com dados da Universidade John Hopkins, o Brasil só fica atrás dos Estados Unidos, que tem 109.042 mortes, e do Reino Unido, que possui 40.344 vítimas. O Brasil totaliza 645.771 infectados.
Trump é meu amigão
Nesta sexta-feira, ao deixar o Palácio da Alvorada, em Brasília, Bolsonaro se derreteu pelo presidente Donald Trump, mesmo após receber críticas pela forma de condução da pandemia do novo coronavírus."É meu amigo, é meu irmão. Falei com ele essa semana, uma conversa maravilhosa. Um abraço, Trump, o Brasil aí quer cada vez mais aprofundar nos nossos relacionamentos. E torço para que seja reeleito. Trump, aquele abraço! (gerou risadas e aplausos dos apoiadores)", declarou Bolsonaro.
OMS
Na esteira do que fez o chefe do Executivo americano, Donald Trump, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a criticar a Organização Mundial da Saúde e disse que pensa em romper relações com o órgão.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, em Brasília, Bolsonaro ironizou o fato de os Estados Unidos terem parado de financiar pesquisas científicas da organização.
"A OMS é o seguinte. O Trump cortou a grana deles, voltaram atrás em tudo. Um cara que nem é médico. E eu adianto aqui. O Estados Unidos saiu (sic) da OMS e a gente estuda, no futuro, ou a OMS trabalha sem o viés ideológico, ou nós vamos estar fora também. Não precisamos de gente lá de fora dar palpite na saúde aqui dentro", afirmou o presidente.
Bolsonaro seguiu com tom agressivo contra a organização e voltou a politizar os estudos com o medicamento hidroxicloroquina.
"Ou a OMS deixa de ser uma organização política, até partidária, ou nós estudamos sair de lá. E outra coisa, a própria OMS diz, cada país, cada caso é um caso. O presidente disse isso aí. Falou que não podemos tirar o direito de ir e vir dos mais humildes que tinham que buscar o pão para dentro de casa. Aqui no Brasil fecharam tudo. Então para que que serve essa OMS? A OMS recomendou há poucos dias não prosseguir mais o estudo sobre a hidroxicloroquina. Agora voltou atrás. É só tirar a grana deles que eles começam a pensar de maneira diferente", disse.
Nessa quinta-feira, a revista científica The Lancet publicou uma nota de retratação dos autores do estudo com cloroquina e hidroxicloroquina para COVID-19, publicado por ela própria em 22 de maio.
Os cientistas afirmaram não poder mais garantir a veracidade dos dados usados para fundamentar a pesquisa, que havia constatado risco no uso das substâncias contra o novo coronavírus.
Reações nas redes:
Reações nas redes:
Depois de deixar de seguir Bolsonaro o gado diz que Trump era um infiltrado comunista. pic.twitter.com/u1gJaSmAmK
— Petista_DSM (@Petista_DSM) June 6, 2020
Trump deixou de seguir Bolsonaro no Twitter. O amor acabou! RIP!
— Professor Glauco Silva (@GlaucoS41843642) June 6, 2020
Pastores vão a Bolsonaro orar "contra o coronavírus" e para que o Brasil "não vire uma Venezuela"https://t.co/5hZa9ugUpa
— Conversa Afiada (@ConversaAfiada) June 5, 2020