O presidente Jair Bolsonaro avaliou, nesta segunda-feira, 8, que as manifestações contrárias ao governo são "o grande problema do momento" para ele. "Estão começando a colocar as mangas de fora", disse o presidente a apoiadores, no Palácio da Alvorada, no início da manhã. Bolsonaro afirmou que "a gente vai arrumando as coisas devagar", a começar pela primeira indicação que fará ao Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro deste ano.
"Como eu peguei esse País? Vocês têm razão no que pleiteiam e no que falam. Eu peguei um câncer em tudo o que é lugar. Um médico não pode de uma hora para outra resolver esse problema todo. O grande problema do momento é isso que vocês estão vendo aí, um pouco na rua ontem, (eles) estão começando a colocar as mangas de fora", disse.
Bolsonaro afirmou que existe "muito interesse" no País e, por isso, na visão do presidente, há uma "doutrinação em cima do Brasil, uma massificação, cada vez mais formando militantes". "Eu vou indicar o primeiro ministro do STF agora em novembro. O primeiro. A gente vai arrumando as coisas devagar aqui", declarou na sequência, em referência ao fato de que o decano da Corte, Celso de Mello, vai se aposentar.
Apesar das críticas ao movimento contrário ao governo, Bolsonaro afirmou que no domingo "não era o caso" dos seus apoiadores irem para as ruas na mesma data. Ele repetiu, como fez na semana passada, que não coordena os movimentos.
Assim como fez nas redes sociais, o presidente também voltou a tentar colocar a responsabilidade pelas ações de combate ao coronavírus nos governadores, embora o governo federal não esteja isento de tomar medidas. "O Supremo deu todo o poder para (os governadores) gerirem esse tipo de problema, eu apenas injeto bilhões nas mãos deles. E alguns ainda desviam. Alguns", disse Bolsonaro.