O ex-ministro da Saúde Nelson Teich falou nesta segunda-feira (08) sobre a oficialização do general Eduardo Pazuello como ministro interino da pasta, anunciada pelo governo na semana passada. De acordo com o médico oncolgosita, essa falta de liderança oficial, meio à pandemia de COVID-19, é negativa. "Isso, para mim, é ruim. Enfraquece a posição do ministro. Ter uma pessoa na posição oficial de ministro seria melhor”, afirmou em entrevista para CNN Brasil.
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Teich deixou a pasta em 15 de maio, após 29 dias no cargo. Cinco dias depois, o já ministro interino Eduardo Pazuello assinou a ampliação da recomendação da cloroquina como remédio para combate ao novo coronavírus.
Ao falar sobre o assunto, Teich negou ter afirmado que a demissão foi o "dia mais triste" da vida dele e que assinar o protocolo sobre a cloroquina mancharia sua carreira.
"Minha história é minha história, e sempre conduzi de forma para que ela fosse a melhor possível. Naquele momento, a discussão estava em cima da cloroquina. O problema não era a cloroquina, podia ser qualquer remédio, mas a forma de você trabalhar a incorporação tecnológica",contou.
"Minha história é minha história, e sempre conduzi de forma para que ela fosse a melhor possível. Naquele momento, a discussão estava em cima da cloroquina. O problema não era a cloroquina, podia ser qualquer remédio, mas a forma de você trabalhar a incorporação tecnológica",contou.
Ele ainda explicou o motivo de ser contra a liberação do medicamento.
Teich afirma que “divergiu” do presidente porque entendia ser melhor alocar os poucos recurso da Saúde em outras frentes. Não foi, segundo ele, a liberação da cloroquina que o fez sair do ministério e sim a forma de condução do sistema de saúde.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina