Vinte dias depois do anúncio do presidente Jair Bolsonaro ( sem partido) comunicando a saída da atriz Regina Duarte do comando da Secretaria Especial da Cultura, o Diário Oficial da União (DOU trouxe na edição desta quarta-feira (10) o ato oficial de exoneração do cargo.
Até hoje, o governo Bolsonaro nãooficializou o substituto da atriz. O mais cotado é o ator Mario Frias, que afirmou, na véspera da do anúncio da saída de Regina, que 'pro Jair, o que ele precisar estou aqui''.
A atriz saiu da secretaria com a indicação para assumir a direção da cinemateca nacional. Entretanto, a oficialização no cargo carece de uma solução jurídica, confira aqui os detalhes.
Polêmicas a perder de vista
A passagem de pouco mais de de dois meses da atriz pelo cargo primou por uma coleção de polêmicas, a começar pela própria categoria que representa.
Antes mesmo até de assumir o posto, Regina se desentendeu com colegas que pediram para que Regina os tirasse da lista de artistas, que ela mesmo preparou, que davam apoio à indicação dela para comandar a secretaria da Cultura. A crítica partiu até mesmo de um cantor bolsonarista no passado.
A então secretária assumiu o posto sob fogo cruzado de críticas de todos os lados.
O ponto alto da celeuma provocada por Regina na Secretaria Especial da Cultura foi uma entrevista que concedeu a CNN Brasil, quando minimizou os efeitos negativos da ditadura militar no Brasil e da pandemia do novo coronavírus, entre outros temas controversos e constrangedores para o país.
Desautorizada e criticada
Regina também foi desautorizada pelo governo Bolsonaro ao ter indicados nomeados e exonerados à sua revelia.
O presidente corroborou com esse desapreço ao sinalizar que a atriz não estava correspondendo ao desempenho que esperava dela e a permitir que fosse ‘’fritada’’ até que, finalmente, anunciasse a sua saída. Um áudio chegou a ser vazado com a atriz demonstrando perplexidade, afirmando; “ Acho que ele está me dispensando”.