O senador Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) pagaram R$ 31 mil com dinheiro vivo para cobrir prejuízos que tiveram em investimentos feitos na bolsa de valores por meio de uma corretora. O pagamento foi feito em maio de 2009, no período sob investigação do Ministério Público por suposta “rachadinha” no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Carlos também é alvo das investigações após suspeita de empregar funcionários fantasmas na Câmara Municipal do Rio. As informações foram publicadas nesta sexta-feira (12) pela Folha de S. Paulo.
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Pelo pagamento ter sido feito em dinheiro vivo, o MP aponta evidência sobre a existência da “rachadinha”no antigo gabinete do senador na Assembleia.
Entenda
De acordo com os promotores do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), o operador do esquema era o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio. As investigações apontam que alguns assessores do senador sacavam seus salários e repassavam para Queiroz. Essas transações, para os promotores, eram a forma de lavagem do dinheiro.
Vale relembrar que o MP desconfia que parte do dinheiro vivo tinha como destino o próprio senador.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz