O deputado federal mineiro, Marcelo Aro (PP), afirmou ao Estado de Minas, nesta sexta-feira (12), que será contrário à proposta especulada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de liberar mais duas parcelas do auxílio emergencial com o valor inferior ao atual, de R$ 600. Para o político, “menos do que R$ 600 é indignidade para quem recebe o benefício”.
Leia Mais
Deputado mineiro desmente Bolsonaro sobre auxílio emergencial: 'Vocês não admitiam R$ 200'Bolsonaro impede que síndicos tenham direito de barrar festas e aglomeraçõesBolsonaro nunca pregou golpe, diz Ramos, alertando oposição a não 'esticar corda'Mais de 16 mil servidores públicos de Minas receberam auxílio emergencial indevidamenteCarlos Bolsonaro é questionado por cliente de loja: 'Onde está o Queiroz?'; vejaNa noite dessa quinta-feira (11), o deputado rebateu uma mensagem que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez em uma rede social, acerca dos valores propostos para o auxílio disponibilizado pelo governo em virtude da pandemia do novo coronavírus.
Na publicação, Bolsonaro afirmou que o Congresso apoiava uma ajuda de R$ 500 para os beneficiários e que, por atitude do governo, teria ocorrido o aumento para R$ 600. Porém, a proposta original do Planalto era de um auxílio próximo a R$ 200.
O parlamentar mineiro foi nomeado o relator do projeto de lei do auxílio emergencial na Câmara e relembrou a proposta do governo. “Vocês não admitiam um valor acima de R$ 200”, afirmou em resposta ao chefe de governo.
O deputado ainda salientou que o governo só passou a ser favorável aos R$ 600 após fortes sinais de que seriam derrotados no Congresso. “Recebi uma ligação do governo querendo propor um acordo. Inicialmente a minha proposta seria de que o benefício fosse de R$ 500, mas, com o acordo, estabeleci que o valor seria de R$ 600 e eles aceitaram”, contou.
Pagamento do benefício
Questionado pela reportagem se o valor do auxílio emergencial poderá ser repassado aos beneficiários por R$ 300, Marcelo Aro disse que vai trabalhar “com unhas e dentes para, não só postergar (o prazo), mas para que seja com o mínimo de R$ 600”. Além disso, ele reiterou que Congresso também é a favor de sua proposta.
“O Congresso Nacional já deu sua resposta quando votou meu relatório. Eu acredito que ele vai manter essa posição e, acredito eu, que, não serei uma voz destoante no Congresso e nem serei João Batista gritando no deserto. Encontrarei eco dos meus colegas nesse movimento contrário ao auxilio de valor inferior ao atual”, destacou.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Jocianae Morais