O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) decretou o fechamento da Esplanada dos Ministérios neste domingo (13). A determinação leva em consideração as aglomerações que têm ocorrido durante as manifestações, inclusive atos antidemocráticos.
O trânsito de veículos e pedestres ficará proibido entre a 0h e as 23h59 deste domingo. O acesso aos prédios públicos federais será permitido apenas a autoridades devidamente identificadas e a servidores públicos federais que estejam em serviço.
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Artigo 142 da Constituição não tem 'nada a ver' com intervenção militar, diz FHCMovimentos convocam atos contra Bolsonaro pelo Brasil para o domingoBolsonaristas liderados por Sara Winter tentam invadir o Congresso NacionalAs manifestações na Esplanada só poderão ocorrer se forem comunicadas com antecedência e autorizadas pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) e o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) farão a organização e fiscalização do trânsito, enquanto os órgãos da Segurança Pública ficarão responsáveis pela fiscalização do local.
Retirada de acampamento e ameaça ao governador
Pela manhã, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tiveram que deixar o acampamento na Esplanada dos Ministérios. Uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e o DF Legal desocupou a área pública em cumprimento a um conjunto de leis federais e locais, além do decreto do GDF que proíbe aglomeração por conta da pandemia mundial do coronavírus. Um dos acampamentos, ligado ao movimento que se intitula “300 do Brasil”, estava ao lado do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O outro, ao lado do Ministério da Agricultura.
Após a ação, manifestantes chegaram a tentar invadir o Congresso Nacional e subiram a rampa do edifício-sede. Em vídeo publicado nas redes sociais, um deles ameaça o governador Ibaneis Rocha. Conforme noticiou com exclusividade o blog CB.Poder, Ibaneis disse que o autor das ameaças já está identificado e deverá ser preso. “Sempre respeitei todo tipo de manifestações no meu governo, mesmo quando houve algum tipo de irregularidade, como o desrespeito à determinação do uso de máscaras ou distanciamento social. Nunca reprimi. Mas não admito ameaças”, afirmou o chefe do Buriti ao Correio.
A desmobilização do acampamento é alvo de uma ação civil pública das 1ª e 2ª promotorias de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF) esclarecue que houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto.
A militante Sara Winter usou as redes sociais para criticar a ação do governo e cobrou de Bolsonaro uma posição. “A @pmdfoficial junto à Secretaria de Segurança desmantelou baixo gás de pimenta e agressões. Barracas, geradores, tendas, TUDO TOMADO à força! A Militância bolsonarista foi destruída HOJE. PRESIDENTE, REAJA!!!”, escreveu.