Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS EM MINAS

Após recorde de mortes, Zema admite: 'Grande temor é que falte atendimento médico'

O governador Romeu Zema (Novo) disse nesta quarta-feira que o seu grande temor é que faltem médicos com o aumento dos casos da COVID-19 em Minas. Ele se mostrou surpreso com o recorde no número de óbitos nas últimas 24 horas, que saltaram de 21, dado do boletim dessa terça, para 35, registrando um aumento de 66,67%, mas lembrou que o estado ainda está em uma situação melhor que a maioria das unidades federativas do Brasil.



“É preocupante, porque segundo os estudiosos estatísticos, Minas agora está naquela fase da curva em que vai haver um aumento mais acentuado em número de casos, pois o pico da curva deverá ser atingido em meados de julho. Então estamos falando que, aproximadamente, em 30 dias. Está previsto que dentro deste período, o número de óbitos fique acima do que já foi. Lembrando que o nosso recorde havia sido há 12 dias, com 24 óbitos num mesmo dia. Infelizmente houve esse número elevado. Nós estamos aqui acompanhando. O nosso grande temor é que falte atendimento médico. Estamos tomando todas as medidas para que não haja”, disse Zema, em entrevista ao UOL.

Apesar da ligeira alta no número de óbitos em Minas no período de um dia, Zema lembrou que a situação do estado está melhor que a maioria das unidades federativas do Brasil.

“Esse número está muito acima do que nós gostaríamos. O ideal é que não tivesse tido nenhum óbito. Dentro do contexto brasil, Minas é o segundo melhor estado em desempenho em relação a óbitos por 100 mil habitantes. Somente o estado do Mato Grosso do Sul tem o desempenho melhor que Minas. Se nós compararmos esse desempenho, eu diria que ele é bastante satisfatório”, analisou.

Com a confirmação de mais 35 mortes, Minas agora totaliza 537 óbitos por coronavírus. O boletim epidemiológico desta quarta também registrou mais 1.323 casos de COVID-19 no estado. Ao todo, já são 23.347 pacientes infectados.