O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou a cerimônia de posse do ministro das Comunicações, Fábio Faria, nesta quarta-feira, para mandar uma indireta ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Não são as instituições que dizem ao povo o que ele deve fazer, mas o povo que diz às instituições o que elas devem fazer”, discursou o presidente para uma plateia que contava também com o presidente do STF, ministro Dias Toffoli.
Desde a noite dessa terça-feira(16), o presidente Jair Bolsonaro vem reiterando recados dirigidos ao Supremo Tribunal Federal. Primeiro, que iria tomar medidas legais, em post no Twitter. Para em seguida, anunciar, na manhã de hoje, ao responder a uma apoiadora, que “está chegando a hora de tudo ser colocado no lugar”.
À altura do cargo
O deputado federal licenciado Fábio Faria (PSD) assumiu, nesta quarta-feira, o ministério das Comunicações, e começou o discurso retirando a máscara que usava para agradecer ao presidente a nomeação para assumir a pasta. “Espero estar à altura do cargo”, afirmou.
Faria também fez um longo agradecimento a políticos, entre eles ao presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, ex-ministro das Comunicações do governo Michel Temer (MDB), e a representantes dos poderes da República, entre eles os presidente Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM), e STF, Dias Toffoli. Todos presentes à cerimônia de posse, no Palácio do Planalto, exceto Davi Alcolumbre (DEM), a quem Faria chamou de amigo e que, segundo ele, "teve um imprevisto que o impediu de paricipar da cerimônia.
Faria aproveitou também para agradecer à mulher, Patrícia Abravanel, filha do apresentador Sílvio Santos, o apoio para assumir o cargo para, conforme afirmou, 'servir ao meu País”. “É uma missão que está acima de qualquer coisa”, justificou o novo ministro.
Pacificar o País
Faria encerrou o discurso citando um versículo bíblico."Permanecem agora três coisas: a fé, a esperança e o amor. Porém, o maior deles é o amor e que ele possa nos unir pelo bem do Brasil”.
Antes dessa citação, Faria, que é evangélico, fez um apelo: “Deixar as diferenças políticas e ideológicas para enfrentar esse inimigo comum (pandemia do coronavírus). É hora de pacificar o país.