Jornal Estado de Minas

INQUÉRITO DAS FAKE NEWS

Moraes lê ameaças ao STF: 'Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros'

Durante seu voto pela legalidade do inquérito das fake news nesta quarta-feira (17), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes leu algumas ameaças recebidas pelos integrantes da Corte. Ao citar uma delas, ele precisou esclarecer que incitar estupro contra as filhas dos ministros não é o mesmo que exercer liberdade de expressão, mas sim um crime.


"Peço redobrada atenção para algumas frases, algumas duras inclusive, que vou ler de algumas agressões e ofensas aos ministros do Supremo Tribunal Federal para que se pare de uma vez por todas de se fazer confusão de críticas, por mais ácidas que sejam e que devem existir e continuar, com agressões, ameaças e coações", iniciou o ministro.

Alexandre de Moraes leu frases recebidas por ele nas redes sociais. “Que estuprem e matem as filhas dos ordinários ministros do STF', citou o ministro. 


 
Outra ameaça dizia, segundo Moraes. “'Quanto custa atirar à queima-roupa nas costas de cada filho da p*** ministro do STF que queira acabar com a prisão em segunda instância? Se acabar com a segunda instância, só nos resta jogar combustível e tocar fogo no plenário com os ministros dentro'. Onde está aqui a liberdade de expressão?”, questionou o ministro do STF.
 
Ele também citou o caso de um artefato que explodiu em frente à casa de um dos integrantes da Corte.

Ao ler as mensagens, Moraes reforçou que liberdade de expressão não é “liberdade de destruição da democracia”, muito menos destruição de instituições e honra alheia.


 "Já temos em poder armas com munição de grosso calibre. Esconda seus filhos e parentes bem escondidos na Europa, porque aqui você não vai ter onde se esconder. O inferno e a revolta vão cair sobre sua cabeça. Faremos um tribunal em praça em pública com direito a fuzilamento de todos os parasitas e vagabundos estatais", foi outra frase lida pelo ministro.
 
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Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin votaram pela legalidade do inquérito conduzido pelo Supremo.
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina