A líder do grupo de extrema direita 300 do Brasil, Sara Fernanda Giromini, detida nesta segunda-feira, durante uma operação da Polícia Federal, foi encaminhada para o Presídio Feminino de Brasília, a Colméia, na tarde desta quarta (17/6). Sara Winter, como ela se apresenta, foi denunciada por O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal denunciou, por injúria e ameaça, praticados de forma continuada, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Entre outras coisas, ela disse que gostaria de “trocar socos” com o ministro.
Em relação ao crime contra a Lei de Segurança Nacional, a representação enviada pelo ministro foi arquivada. Sara já tinha sido alvo de busca e apreensão no inquérito das fake news em 27 de maio. Foi essa ação policial que fez com que a militante bolsonarista disparasse ofensas contra o ministro. Além de dizer que queria trocar socos com o magistrado, ela o chamou de “covarde” e afirmou que descobriria tudo sobre a vida do magistrado, incluindo os lugares que ele frequenta. "Nunca mais vai ter paz na sua vida”, ameaçou.
Na denúncia, o procurador da República Frederick Lustosa relata que Sara "utilizou-se das redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo". Se condenada, ela pode ser obrigada a pagar R$ 10 mil a Moraes por danos morais. No entanto, a investigada foi alvo de prisão temporária em outro inquérito, que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos contra o Congresso e o STF.
O advogado de Sara, Bertoni Barbosa, disse que a denúncia é só mais um motivo para que falem mal de sua cliente. "Ela é uma presa política", afirmou. Sara foi detida temporariamente na última segunda-feira (15/6) no âmbito do inquérito das fake news. O STF expediu mandado de prisão, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), também contra outras cinco pessoas ligadas ao grupo "300 do Brasil" pelo mesmo inquérito.