No dia em que Fabrício Queiroz foi preso pela Polícia Civil, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), passou direto e não atendeu apoiadores e imprensa no Palácio da Alvorada, em Brasília. Queiroz é ex-assessor do senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Bolsonaro estava dentro de um carro escoltado do comboio e somente passou direto, sem acenar ou fazer qualquer contato externo. O atendimento diário a apoiadores e imprensa logo pela manhã na entrada da residência oficial da Presidência da República é considerado um procedimento padrão de Bolsonaro desde que assumiu o cargo no Executivo.
Nesta manhã, a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo cumpriram um mandado de busca e apreensão em um imóvel em Atibaia, cidade do interior de São Paulo. No local, que pertence a Frederick Wassef, um advogado da família Bolsonaro, estava Queiroz, policial militar reformado e ex-assessor, ex-motorista e ex-coordenador de segurança de Flávio Bolsonaro.
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Queiroz é suspeito de participar de um esquema de rachadinha quando prestava serviços para Flávio na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O atual senador ocupou o cargo de deputado estadual na Casa de 2003 a 2018. As investigações começaram em novembro de 2018, quando o Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta bancária de maneira considerada "atípica".
Uma das informações que constam no relatório é o depósito de R$ 24 mil na conta de Michelle Bolsonaro, esposa do pai e presidente Jair Bolsonaro.