Abraham Weintraub foi demitido do cargo de ministro da Educação, na tarde desta quinta-feira (18/6). Ele postou um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais. Segundo Weintraub, ele deixará o governo para assumir um cargo no Banco Mundial. Essa foi a saída honrosa encontrada pelo Palácio do Planalto para não deixar desalentado seu fiel escudeiro. Assim, o presidente tenta diminuir o atrito do Executivo com o Judiciário, que se intensificou pelos insultos do ministro aos integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro
%u2014 Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 18, 2020
O melhor Presidente do Brasil!
LIBERDADE!https://t.co/zYLGh4hntI
"Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro. O melhor Presidente do Brasil! LIBERDADE!", escreveu Weintraub na legenda do vídeo.
Com a saída de Weintraub, um forte nome para assumir a pasta é o secretário nacional de Alfabetização, Carlos Nadalim. Assim como o ex-ministro, faz parte da ala ideológica e é seguidor do escritor Olavo de Carvalho. Defende o homeschooling — proposta de ensino doméstico ou domiciliar.
Nadalim é formado em direito pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também fez especialização em filosofia e mestrado em educação. No ano passado, ele havia sido cogitado para assumir o ministério, quando Bolsonaro exonerou o então ministro da Educação, Ricardo Vélez.
Os rumores de que Weintraub deixaria o governo aumentaram nesta semana, quando ele não compareceu a duas cerimônias ocorridas no Palácio do Planalto. Em ambos eventos, o alto escalão de Bolsonaro compareceu em peso. Aliados disseram que a ausência do ainda ministro foi para não causar constrangimento com outras autoridades da República.
A situação de Weintraub no governo começou se desgastar após a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. O ex-ministro da Educação disse no encontro: "Por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF".
Nesta quarta-feira (17/6), o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 9 a 1, rejeitar o pedido para que Weintraub fosse retirado do inquérito das fake news, que apura ameaças, ofensas e informações mentirosas contra os magistrados.