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Estado de Minas MENSAGENS

Queiroz era monitorado por advogado ligado à família Bolsonaro

Segundo investigadores, o apelido 'Anjo' era usado nas mensagens para se referir a Frederick Wassef


postado em 19/06/2020 16:17 / atualizado em 19/06/2020 16:52

Fabricio Queiroz foi preso nessa quinta-feira (18) em Atibaia. A casa onde o ex-policial estava era do advogado Frederick Wassef(foto: Reprodução/SBT)
Fabricio Queiroz foi preso nessa quinta-feira (18) em Atibaia. A casa onde o ex-policial estava era do advogado Frederick Wassef (foto: Reprodução/SBT)
Mensagens apreendidas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) mostram que Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), era monitorado pelo advogado Frederick Wassef, que é ligado diretamente à família Bolsonaro. Segundo investigadores, o apelido “Anjo” era usado nas mensagens para se referir a Wassef.
 
"Se por um lado Fabrício Queiroz podia contar com o auxílio de terceiros que lhe proporcionavam um confortável esconderijo e a entrega de valores em espécie, por outro lado teve de se submeter a restrições em sua movimentação e em suas comunicações, tendo seu paradeiro monitorado por terceira pessoa, que se reportava a um superior hierárquico referido como 'Anjo'", diz documento.
 
Mensagens encontradas no celular da esposa de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, também ajudaram na investigação. No aparelho dela, a informação sobre o desligamento do celular para evitar a localização do casal foi encontrada.

O celular também ajudou o Ministério Público a chegar até o endereço onde foi encontrado Queiroz, em Atibaia, interior de São Paulo.
 
Foi nesse aparelho, apreendido numa operação anterior, que os investigadores encontraram mensagens enviadas pelo filho dela e pelo ex-assessor. Em uma delas, Queiroz chega a dizer que a esposa está na casa do "Anjo". Em outra, a Márcia compara o marido a um bandido, e afirma que ele atuava como "preso dando ordens aqui fora."
 
Fabrício Queiroz foi preso na quinta-feira (18) em Atibaia. A casa onde o ex-policial estava era do advogado Frederick Wassef. 
 
*Estagiaria sob supervisão da subeditora Kelen Cristina


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