O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou por mais cinco dias a prisão da ativista bolsonarista Sara Winter. Ela está detida na Penitenciária Feminina de Brasília desde a última quarta-feira (17). Sara foi presa na segunda-feira (15), por ordem do ministro, que é relator do inquérito que investiga atos antidemocráticos.
Sara Winter é líder de um grupo de extrema-direita, chamado “300 do Brasil”, que apoia o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Além da ativista, tiveram a prisão provisória prorrogada outras cinco pessoas presas no começo desta semana.
Ao prorrogar a prisão, o STF determinou, a pedido da PGR, que sejam adotadas medidas de segurança para evitar que a extremista seja alvo de rejeição por outros presos.
Sara Winter também é investigada em outro inquérito que apura a produção e disseminação de fake news e ataques à Corte. Sara chegou a chamar o próprio Alexandre de Moraes de “arrombado”. Depois da divulgação do vídeo, ela foi denunciada pelo Ministério Público Federal por injúria e ameaça contra o ministro.
Segundo a defesa, houve abuso de poder e ilegalidade na decretação da prisão. Para os advogados, Sara é vítima de perseguição política.
“Se pessoas condenadas por tráfico de drogas podem ser beneficiadas por HC [habeas corpus] para ficarem em prisão domiciliar com seus filhos menores, qual o motivo a ora paciente deverá, duplamente, permanecer encarcerada, se não cometeu crime algum, não é condenada, não é autoridade com foro de prerrogativa, e possui um filho de 5 anos de idade?”, questionou a defesa no STF.
Na última terça-feira (16), Sara e outros três presos ficaram calados durante os depoimentos prestados à Polícia Federal.
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa