O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontou "evidências de uma complexa rotina de ocultação do paradeiro" do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro na época em que era deputado estadual no Rio de Janeiro. As informações constam em decisão da Justiça do Rio que determinou a prisão de Queiroz. O documento foi publicado na íntegra pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Na decisão judicial que pede a sua prisão, o juiz Flávio Itabaiana cita trechos da investigação, que mostra que Queiroz foi encontrado por meio de dados extraídos do celular da sua esposa, Márcia de Oliveira Aguiar, pego em diligência do MP em dezembro do ano passado. O ex-assessor de Flávio foi encontrado especificamente graças a fotos encaminhadas por ele e por seu filho a Márcia.
Conforme investigação, a "complexa rotina de ocultação do paradeiro" era articulada "por uma pessoa com notório poder de comando sob o codinome de 'Anjo'". O MP afirmou, ainda, que o padrão de vida de Queiroz "parece estar acima de suas posses, considerando sua remuneração de suboficial reformado da Polícia Militar". Além disso, com base em mensagens trocadas por Márcia com uma de suas filhas "foi possível verificar indícios de que a família de Queiroz recebia dinheiro de terceiros para se manter".