Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

MEC confirma que Abraham Weintraub viajou aos EUA e chegou hoje a Miami

Dois dias depois de anunciar que deixaria o governo de Jair Bolsonaro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, desembarcou, na manhã deste sábado, nos Estados Unidos, onde deve assumir o cargo de diretor-executivo do Banco Mundial. A informação foi confirmada pela assessoria do Ministério da Educação, na manhã deste sábado.

A pasta afirma que Weintraub chegou aos EUA por Miami. A viagem foi feita por meio de avião comercial e em classe econômica.

Apesar de ter anunciado a saída do Ministério da Educação, Weintraub continua como ministro e acessou o país estrangeiro se apresentando como chefe da pasta no Brasil. Como ministro de Estado, Weintraub tem direito a passaporte diplomático.

A assessoria do MEC não soube dizer qual é, neste momento, o paradeiro do ministro, nem se ele continua em Miami depois de ter desembarcado na cidade. Informou apenas que, apesar das restrições impostas pelos EUA aos brasileiros por causa da pandemia da covid-19, Weintraub não foi impedido de entrar e que "comprou a passagem com dinheiro dele".

O Banco Mundial informou ao Estadão/Broadcast, por meio de nota, que recebeu a indicação do governo brasileiro para que Abraham Weintraub passe a integrar os quadros da instituição. O banco disse ter recebido uma comunicação oficial das autoridades brasileiras indicando Abraham Weintraub para diretor-executivo, representando o Brasil e demais países do seu grupo (constituency) no Conselho de Diretores-Executivos do Grupo Banco Mundial.

O tempo de seu mandato, no entanto, não passaria de três meses. "Se eleito pelo seu constituency, ele cumprirá o restante do atual mandato, que termina em 31 de outubro de 2020", diz a instituição, ressaltando que, daqui a quatro meses, "será necessária uma nova nomeação e nova eleição."

O ministro da Educação anunciou na tarde de quinta-feira sua saída do governo. Em vídeo publicado nas redes sociais, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Weintraub não revelou o motivo de estar deixando o MEC, mas disse que iria assumir uma representação brasileira na diretoria do Banco Mundial.

Segundo a assessoria do Banco, diretores-executivos são os representantes dos 189 países-membros no Conselho de Diretores do Banco Mundial e são indicados ou eleitos pelos acionistas.