Depois de o Brasil atingir a marca de 50 mil mortes pela COVID-19 e mais de 1 milhão de infectados pelo coronavírus, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta lamentou, neste sábado (20), o número de vítimas da doença e alfinetou Jair Bolsonaro (sem partido) ao dizer que “Governos passam”. A publicação foi comentada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, desafeto do presidente.
a de 50 mil mortes pela doença, segundo consórcio de jornais. Em sua conta no Twitter, Mandetta disse rezar por seu “ex-paciente Brasil” e pediu foco, disciplina e crença na ciência para que o país enfrente a pandemia do coronavírus.
Na sexta-feira, o Brasil ultrapassou o número de 1 milhão de casos confirmados de COVID-19. Neste sábado, outra marca negativa foi registrada: 50000 vidas perdidas . Meu respeito às vítimas . Meu ex paciente chamado Brasil , rezo por você! Queria tanto não atingir esta marca. Vamos lutar!!! Foco . Disciplina. Ciência. SUS !!! Fiquemos unidos. Governos passam. Oremos!!!%uD83D%uDE4F%uD83D%uDE4F%uD83D%uDE4F
%u2014 Henrique Mandetta (@lhmandetta) June 20, 2020
O ex-ministro aproveitou a publicação para alfinetar Bolsonaro. Médico e defensor da ciência, Mandetta deixou a pasta em abril por divergências com o presidente que, por sua vez, tem uma postura contraditória em relação à pandemia. Em diversas situações, o líder do governo brasileiro descumpriu as medidas de isolamento social e chegou a acusar Mandetta de inflar os números da COVID-19 no Brasil.
Sérgio Moro também foi às redes sociais e “cutucou” Bolsonaro. Ao responder a publicação de Luiz Henrique Mandetta, o ex-ministro da Justiça lamentou o número de vítimas e ironizou o governo ao dizer que o país teve um ministro da Saúde. Depois da saída de Mandetta, passaram pela pasta o médico Nelson Teich e, atualmente de forma interina, o General Pazuello.
Mais de 50.000 vítimas pelo novo coronavírus. Muito triste. Cuidem-se. Lembro que já tivemos Ministro da Saúde. https://t.co/ggUC3HhKkJ
%u2014 Sergio Moro (@SF_Moro) June 20, 2020
Números da COVID-19
Segundo o levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias estaduais de Saúde, o Brasil registrou 968 óbitos entre sexta-feira e este sábado, enquanto os casos confirmados foram de 30.972.
Os números divergem do balanço oficial do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Para o Conass, foram registrados mais 1.022 óbitos pela COVID-19 nas últimas 24 horas, o que deixa o Brasil com 49.976 vítimas. O país ainda teve um acréscimo de 34.666 casos confirmados da doença, alcançando um total de 1.067.579 pessoas infectadas.
As estatísticas divulgadas pelo Conass bateram com o balanço oficial do Ministério da Saúde. Segundo a pasta, o Brasil chegou a 520.734 pacientes recuperados desde o início da pandemia. Outras 496.869 pessoas estão em acompanhamento em casa ou em unidades de saúde.
Em Minas, o número de pessoas que testaram positivo aumentou em 1.253, saltando de 26.052 na sexta-feira para 27.305 casos, uma ampliação de 4,8%. Ao todo, já morreram 636 pacientes vítimas da COVID-19 no estado.