Jornal Estado de Minas

CASO QUEIROZ

Após buscas em Belo Horizonte, PM e MP não localizam esposa de Queiroz

A Polícia Militar (PM) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), realizaram na manhã desta terça-feira, em Belo Horizonte, uma operação na casa de parentes de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A intenção das buscas era encontrar Márcia de Oliveira Aguiar, esposa de Queiroz, que está foragida desde a semana passada, mas ela não foi localizada.


Militares do batalhão de Choque fizeram buscas em vários endereços. Em um deles está localizado um imóvel no Bairro São Bernardo, na Região Norte da capital mineira. Lá, moram uma sobrinha e uma prima de Queiroz. Às 8h45, PMs e agentes do Ministério Público deixaram a casa sem levar nada (veja imagens da busca no fim da reportagem).

A operação foi encerrada por volta das 10h30. Márcia de Oliveira Aguiar não foi encontrada em nenhum dos endereços vistoriados pelas equipes.

Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram enviados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Rio de Janeiro para serem cumpridos em BH. A PM, assim como a Polícia Civil de São Paulo fez no dia da prisão do Queiroz, apenas apoia os trabalhos do Ministério Público.
 
Queiroz foi preso na última quinta-feira em Atibaia, cidade do interior de São Paulo. Ele estava em um imóvel de Frederico Wassef, então advogado da família Bolsonaro. Queiroz é investigado um suposto esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), local onde Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), atuou como deputado estadual entre 2003 e 2018.

Em novembro de 2018, Queiroz, que também é ex-motorista e ex-coordenador de segurança de Flávio, foi citado em um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira "atípica". Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Queiroz, do senador Bolsonaro e de outras 84 pessoas e nove empresas entre 2007 e 2018.