Um dos alvos da Operação Anjo, o advogado Luís Gustavo Botto Maia foi exonerado do cargo que ocupava na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta terça-feira (23/6). A decisão está publicada no Diário Oficial.
Luís Gustavo estava nomeado no gabinete do deputado estadual Renato Zeca (sem partido). De acordo com a investigação do Ministério Público Federal (MPF), o advogado, que trabalhava com Flávio Bolsonaro (Republicanos) na época em que ele era deputado, destruiu provas e tentou enganar os promotores e a Justiça no esquema da "rachadinha" envolvendo o senador e o ex-assessor Fabrício Queiroz, preso em Atibaia (SP) na última quinta-feira (18).
Na denúncia, o MP diz que Botto Maia "extrapolou todos os limites do exercício da advocacia". O advogado chegou a determinar adulteração de provas por uma ex-assessora do gabinete que assinou dois anos de folhas de ponto em branco referentes ao seu trabalho na Alerj, entre 2017 e 2019.
Queiroz e Botto Maia também teriam orientado funcionários a não comparecerem quando convocados pelo Ministério Público para prestarem depoimentos.
Queiroz e Botto Maia também teriam orientado funcionários a não comparecerem quando convocados pelo Ministério Público para prestarem depoimentos.