A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão no apartamento de Helbert Figueiró de Lourdes, no Bairro Santo Agostinho, na Região Sul de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira. Helbert, comandante-geral da Polícia Militar (PM) durante a gestão do governador Fernando Pimentel (PT), de 2015 a 2018, é suspeito de obstrução de Justiça por repassar informações privilegiadas da própria PF ao chefe do Executivo.
Operação Acrônimo. Se condenado, poderá cumprir até oito anos de reclusão.
Os agentes da PF apreenderam três celulares e um computador e retornaram à sede da corporação na capital mineira, no Bairro Gutierrez, na Região Oeste da cidade. Helbert é suspeito de repassar informações sigilosas contra Pimentel, relacionadas à Helbert foi comandante-geral da PM em 2017 e 2018 e deve prestar depoimento ainda nesta quarta-feira.
Em um dos inquéritos da Acrônimo, da PF, Pimentel é suspeito de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo a campanha eleitoral de 2014. Naquele ano, o petista foi eleito governador de Minas Gerais, com 52,98% dos votos. A corporação também investiga como Helbert tinha acesso a essas informações federais.
Em nota, a PM afirmou que "tomou conhecimento, por meio da mídia, da operação da Polícia Federal (PF) envolvendo um coronel veterano da
instituição e que não foi comunicada oficialmente pela PF sobre o fato".
O advogado de Fernando Pimentel informou que trabalha somente em processos em que têm procuração e que desconhece esse assunto.
O advogado de Fernando Pimentel informou que trabalha somente em processos em que têm procuração e que desconhece esse assunto.