A defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entrou nesta segunda-feira, 29, com um pedido de suspeição do juiz Flávio Itabaiana Nicolau no inquérito que apura se ele praticou lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral em declarações de bens à Justiça Eleitoral. O caso está nas mãos da 204ª zona eleitoral, que tem como juiz o mesmo magistrado que ficou conhecido pelas decisões no Caso Queiroz.
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MP vai ao STF contra foro privilegiado para Flávio BolsonaroForo privilegiado para Flávio Bolsonaro pode ser revisto, avalia advogadaGoverno busca apoio para blindar Flávio Bolsonaro no SenadoDesembargador que votou a favor de Flávio Bolsonaro é investigado pelo CNJ'Quem precisa de foro privilegiado?': vídeo de Flávio e Bolsonaro volta a viralizar Centrão faz jantar 'descontraído' para Flávio BolsonaroCelso de Mello é sorteado relator de ação da Rede contra foro de Flávio BolsonaroJuiz quebra sigilo de Alberto Beltrame por compra de 1,7 mi de garrafas pet no PAOutro ponto citado pelos advogados para a suspeição do juiz é o fato de que a filha dele é empregada na gestão do governador Wilson Witzel, que nos últimos meses virou um dos mais notórios adversários políticos da família Bolsonaro. Esse fato sempre é citado por bolsonaristas que tentam deslegitimar nas redes sociais a investigação contra o filho do presidente Jair Bolsonaro.
O ponto-chave do inquérito eleitoral é um apartamento no bairro das Laranjeiras, zona sul do Rio, que pertence a Flávio e foi registrado em seus bens com valores diferentes nas eleições de 2014 e 2016, sendo o último inferior. Os imóveis do senador também são citados ao longo do processo das rachadinhas, já que há indícios de que ele teria lavado dinheiro por meio de compras e vendas fraudulentas de apartamentos.