Anunciado como novo ministro da educação por Jair Bolsonaro, Carlos Decotelli da Silva concedeu sua primeira entrevista coletiva após as polêmicas sobre supostos plágios em sua tese de mestrado e sobre possuir ou não os títulos de doutor e pós-doutor.
Nesta segunda-feira, após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, Decotelli afirmou que será o novo ministro da Educação. Pela manhã, o Planalto anunciou que a Sobre a conclusão ou não do doutorado na Universidade de Rosário, na Argentina, Decotelli afirmou que cursou e foi aprovado em todas as matérias necessárias, tendo participado, inclusive da cerimônia de formatura. Ele explicou que sua tese não foi acolhida na primeira apresentação, pois estava “muito profunda” e precisaria de adequações. Contudo, por “dificuldades financeiras pessoais”, ele não retornou à Argentina para defender a tese.
Acerca da dissertação de mestrado, ele disse que não houve plágio. Disse que pode ter havido uma ‘distração’ em meio à quantidade de livros lidos à época. “É possível haver distração? Sim, senhora. Hoje se tem softwartes para verificar se houve incosistência. Naquela época não. Não houve plagio. Plagio é quando se faz Ctr+C, Ctrl V’”.
Sobre o pós-doutourado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha, disse que “a pesquisa foi concluída” e que ele tem a comprovação de que o trabalho foi registrado em um “cartório acadêmico”.
Em nota enviada ao Estado de Minas nesta segunda-feira, a instituição de ensino alemã alegou o seguinte: “Ele não adquiriu nenhum título em nossa universidade. A Universidade de Wuppertal não pode fazer nenhuma declaração sobre títulos obtidos no Brasil”.
Segundo o comunicado, Decotelli frequentou a Universidade durante três meses, para a realização de uma pesquisa. Durante os estudos, ele ocupou a cadeira da professora Dra. Brigitte Wolf que, até 2017, lecionava teoria do design, com foco em metodologia, planejamento e estratégia, e agora é emérita (título conferido professores já aposentados, que atingiram alto grau de projeção no exercício de sua atividade acadêmica).
Pouco depois da entrevista de Decotelli, o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais para defender seu futuro ministro. Pelo Facebook, o Bolsonaro disse que Decotelli está "ciente de seu equívoco" e teceu elogios ao professor:
Segundo o comunicado, Decotelli frequentou a Universidade durante três meses, para a realização de uma pesquisa. Durante os estudos, ele ocupou a cadeira da professora Dra. Brigitte Wolf que, até 2017, lecionava teoria do design, com foco em metodologia, planejamento e estratégia, e agora é emérita (título conferido professores já aposentados, que atingiram alto grau de projeção no exercício de sua atividade acadêmica).
Palavra de Bolsonaro
"Desde quando anunciei o nome do Professor Decotelli para o Ministério da Educação só recebi mensagens de trabalho e honradez.
Por inadequações curriculares o professor vem enfrentando todas as formas de deslegitimação para o Ministério.
O Sr. Decotelli não pretende ser um problema para a sua pasta (Governo), bem como, está ciente de seu equívoco.
Todos aqueles que conviveram com ele comprovam sua capacidade para construir uma Educação inclusiva e de oportunidades para todos".