Cada vez mais próximos do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), líderes do Centrão estenderam o apoio também à família presidencial.
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Celso de Mello é sorteado relator de ação da Rede contra foro de Flávio BolsonaroFlávio Bolsonaro pede suspeição de juiz em inquérito eleitoralMP vai ao STF contra foro privilegiado para Flávio BolsonaroO encontro ocorreu na quinta-feira passada, uma semana após a polícia prender o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, suspeito de comandar um esquema de "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O avanço das investigações contra o primogênito do clã Bolsonaro preocupa o Palácio do Planalto.
Líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO) afirmou que o encontro teve clima "descontraído" e demonstrou o apoio que o Flávio tem entre os parlamentares. "Ele tem influência. Esse tipo de encontro é mais frequente do que as pessoas conseguem anunciar", disse Gomes, que também esteve no jantar na quinta passada.
Participaram, ainda, caciques do Progressistas, maior legenda do Centrão. Foram ao jantar o líder da sigla no Senado, Ciro Nogueira (PI), e o líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).
Como mostrou o Estadão na semana passada, sem base de sustentação no Senado, o governo intensificou as negociações para distribuir cargos no momento em que oposição recolhe assinaturas para outra CPI no Congresso com base no caso envolvendo Flávio. Ao mesmo tempo, desde a prisão de Queiroz, no dia 18, líderes de partidos pressionam o Conselho de Ética do Senado para abrir processo de cassação contra o senador.
Anfitrião do jantar, Pereira atraiu a família Bolsonaro para o Republicanos - partido ligado à Igreja Universal - após o rompimento do presidente da República com o PSL, no ano passado. Além de Flávio, o segundo filho do presidente, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro, se filiou à sigla.