Para o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), há um ‘gabinete do ódio’ montado no governo estadual para atuar contra a administração municipal. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, ele voltou a falar que há integrantes do governo de Romeu Zema (Novo) que tentam “brigar” e “agredir” o Executivo da capital.
Kalil criticou duramente a decisão do governo estadual de instalar um hospital de campanha no Expominas para receber pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. Anunciada em março, a estrutura foi autorizada a funcionar na semana passada. Não há, contudo, previsão para o início do acolhimento aos pacientes.
“Apesar dele (Zema) ter criado aquele gabinete do ódio, não tenho o menor problema com o governo do estado. Eles querem brigar, agredir. Uma hora é a secretária, outra hora uma subsecretária, um secretário, um subsecretário. Aqui, estamos trabalhando. Escrever protocolo? Imagina se esse hospital (de campanha) que está aí fosse meu, o ‘pau’ que eu estaria levando? Tem que fazer partida de vôlei lá”, disparou.
Ainda segundo o prefeito, a cidade não recebeu recursos estaduais para combater a COVID-19. Ele citou, também, os valores repassados por conta das fortes chuvas que assolaram Belo Horizonte no início do ano.
“Em (relação a) Belo Horizonte, nada. Zero. Como na tempestade. Desceram de avião, com pompa e circunstância, anunciaram R$ 1 bilhão, mas Belo Horizonte recebeu R$ 17 milhões. E nós gastamos R$ 200 milhões. Estou só esclarecendo que Belo Horizonte não teve nada, a não ser do governo federal e dos recursos próprios que tinha”, disse.
Não é segredo que Minas Gerais atravessa uma grave crise financeira. A questão é repetida exaustivamente por Zema. Segundo Kalil, nem mesmo se ele e o governador fossem amigos íntimos, a cidade, justamente por conta dos problemas no caixa estadual, receberia recursos financeiros.
“O governo de Minas está quebrado. Está falido. Está liquidado. Podíamos sair e tomar cerveja todos os dias juntos, que o governo de Minas iria continuar sem dar um tostão para Belo Horizonte, pois não tem. Do que as prefeituras precisam? Dinheiro. Não estou falando de Belo Horizonte, mas de Ribeirão das Neves e de Matozinhos. Ninguém precisa ser ‘amiguinho’. O Bolsonaro veio, entregou uma parcela, depois outra, para a saúde de Belo Horizonte. Ninguém precisa ser amigo. O que eu quero, ele não tem para me dar”, pontuou.
Nessa terça-feira, também em entrevista exclusiva ao EM, Zema comparou a pandemia a um jogo de futebol. Na visão do governador, se a crise do coronavírus fosse uma partida, o embate envolvendo Minas Gerais ainda teria mais 60 minutos.
Kalil, contudo, acredita não ser possível cravar o estágio da infecção. “Ninguém sabe o tempo desse jogo. Ninguém sabe. Isso aí, os números vão falar. A única capital que não explodiu, no Brasil, foi Belo Horizonte. Então, acho que podemos estar no primeiro minuto do 1° tempo ou aos 45’ do 2°, mas não sou astrólogo. Preciso dos números em mãos”, comentou.
Kalil já havia falado sobre o ‘gabinete do ódio’ do governo estadual em maio. À ocasião, alegou que atrasos nos repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e para a área da saúde passaram a ocorrer desde que Mateus Simões (Novo) deixou a Câmara Municipal para se tornar secretário-geral do estado, em março.
Um dia após o prefeito abordar o tema, Zema foi entrevistado pelo programa Alterosa Alerta, da TV Alterosa, e rebateu as acusações. “Me causa estranheza (a menção), até porque o único hospital de campanha que construímos, com 800 leitos, foi na capital. Pelo que me consta, ele (Kalil) fez vários anúncios que faria hospital de campanha, e até hoje não vi nenhum leito. Parece que está tendo muita falação e pouca ação. Prefiro quem age como eu, quem fala pouco e faz muito, que parece que não é o que está acontecendo”, disse, à época.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, concedeu entrevista exclusiva ao Estado de Minas. Na conversa, ele falou sobre a pandemia da COVID-19 e as providências da PBH para reduzir casos, mortes e o impacto da doença no sistema de saúde da capital mineira. Kalil ainda foi questionado sobre ações para a retomada da economia da cidade, eleições municipais, política estadual e nacional. As reportagens serão publicadas ao longo dos próximos dias no portal e nas páginas impressas do Estado de Minas.
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Kalil criticou duramente a decisão do governo estadual de instalar um hospital de campanha no Expominas para receber pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. Anunciada em março, a estrutura foi autorizada a funcionar na semana passada. Não há, contudo, previsão para o início do acolhimento aos pacientes.
“Apesar dele (Zema) ter criado aquele gabinete do ódio, não tenho o menor problema com o governo do estado. Eles querem brigar, agredir. Uma hora é a secretária, outra hora uma subsecretária, um secretário, um subsecretário. Aqui, estamos trabalhando. Escrever protocolo? Imagina se esse hospital (de campanha) que está aí fosse meu, o ‘pau’ que eu estaria levando? Tem que fazer partida de vôlei lá”, disparou.
Ainda segundo o prefeito, a cidade não recebeu recursos estaduais para combater a COVID-19. Ele citou, também, os valores repassados por conta das fortes chuvas que assolaram Belo Horizonte no início do ano.
“Em (relação a) Belo Horizonte, nada. Zero. Como na tempestade. Desceram de avião, com pompa e circunstância, anunciaram R$ 1 bilhão, mas Belo Horizonte recebeu R$ 17 milhões. E nós gastamos R$ 200 milhões. Estou só esclarecendo que Belo Horizonte não teve nada, a não ser do governo federal e dos recursos próprios que tinha”, disse.
Estado ‘falido’
Não é segredo que Minas Gerais atravessa uma grave crise financeira. A questão é repetida exaustivamente por Zema. Segundo Kalil, nem mesmo se ele e o governador fossem amigos íntimos, a cidade, justamente por conta dos problemas no caixa estadual, receberia recursos financeiros.
“O governo de Minas está quebrado. Está falido. Está liquidado. Podíamos sair e tomar cerveja todos os dias juntos, que o governo de Minas iria continuar sem dar um tostão para Belo Horizonte, pois não tem. Do que as prefeituras precisam? Dinheiro. Não estou falando de Belo Horizonte, mas de Ribeirão das Neves e de Matozinhos. Ninguém precisa ser ‘amiguinho’. O Bolsonaro veio, entregou uma parcela, depois outra, para a saúde de Belo Horizonte. Ninguém precisa ser amigo. O que eu quero, ele não tem para me dar”, pontuou.
‘Partida de futebol’
Nessa terça-feira, também em entrevista exclusiva ao EM, Zema comparou a pandemia a um jogo de futebol. Na visão do governador, se a crise do coronavírus fosse uma partida, o embate envolvendo Minas Gerais ainda teria mais 60 minutos.
Kalil, contudo, acredita não ser possível cravar o estágio da infecção. “Ninguém sabe o tempo desse jogo. Ninguém sabe. Isso aí, os números vão falar. A única capital que não explodiu, no Brasil, foi Belo Horizonte. Então, acho que podemos estar no primeiro minuto do 1° tempo ou aos 45’ do 2°, mas não sou astrólogo. Preciso dos números em mãos”, comentou.
Histórico
Kalil já havia falado sobre o ‘gabinete do ódio’ do governo estadual em maio. À ocasião, alegou que atrasos nos repasses de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e para a área da saúde passaram a ocorrer desde que Mateus Simões (Novo) deixou a Câmara Municipal para se tornar secretário-geral do estado, em março.
Um dia após o prefeito abordar o tema, Zema foi entrevistado pelo programa Alterosa Alerta, da TV Alterosa, e rebateu as acusações. “Me causa estranheza (a menção), até porque o único hospital de campanha que construímos, com 800 leitos, foi na capital. Pelo que me consta, ele (Kalil) fez vários anúncios que faria hospital de campanha, e até hoje não vi nenhum leito. Parece que está tendo muita falação e pouca ação. Prefiro quem age como eu, quem fala pouco e faz muito, que parece que não é o que está acontecendo”, disse, à época.
A entrevista
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, concedeu entrevista exclusiva ao Estado de Minas. Na conversa, ele falou sobre a pandemia da COVID-19 e as providências da PBH para reduzir casos, mortes e o impacto da doença no sistema de saúde da capital mineira. Kalil ainda foi questionado sobre ações para a retomada da economia da cidade, eleições municipais, política estadual e nacional. As reportagens serão publicadas ao longo dos próximos dias no portal e nas páginas impressas do Estado de Minas.
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