Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, afirmou ao seu advogado, Paulo Catta Preta, que não pretende firmar um acordo de delação premiada, e que não tem o que contar à Justiça.
"Doutor, eu não quero delatar e não tenho o que delatar", afirmou Queiroz ao defensor, de acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Catta Preta, assim como outros advogados da área penal, é contra acordos de delação, por acreditarem que suprime as possibilidades de defesa.
Queiroz está preso em razão das suspeitas de que integra um esquema de rachadinha montado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele seria responsável por recolher os repasses feitos por servidores do gabinete de Flávio Bolsonaro. Ele nega as acusações e diz que os valor de R$ 1,2 milhão depositados na conta do senador se referem a venda de automóveis.
A possibilidade dele firmar um acordo de delação foi ventilado nesta semana. Em troca, ele quer proteção para sua família.
Denúncia
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou nesta quarta-feira (1) o deputado Márcio Pacheco, do PSC. Ele é acusado de envolvimento no mesmo esquema de rachadinha de Flávio Bolsonaro.
Pacheco é o primeiro parlamentar a ser denunciado no âmbito das investigações. Ele é ex-líder do governo de Wilson Witzel na Alerj. Ele é acusado de movimentar R$ 25 milhões do salário de assessores.