Em novo depoimento prestado na última quinta-feira (2), Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) afirmou que “esperava” ser nomeado para trabalhar no gabinete do parlamentar no Senado, no fim de 2018. De acordo com Queiroz, isso não foi possível porque o relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) se tornou público. Esse é o documento que iniciou as investigações no caso “rachadinhas”.
Durante o depoimento, o policial reformado disse não chegou a conversar com Flávio sobre uma possível nomeação para o Senado. "Apenas esperava que isso viesse a ocorrer, devido a bons serviços que prestei durante candidatura", afirmou.
Ele voltou a dizer que sua saída do gabinete de Flávio na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se deu por pedido próprio. Também afirmou que teve conhecimento apenas atráves da imprensa sobre a investigação do relatório do Coaf, que indicou a movimentação de R$ 1.2 milhões por ele entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Esse é o segundo depoimento prestado por Queiroz desde que foi preso pela Operação Anjo, no último 18 de junho. O ex-policial foi preso no imóvel que pertencia ao advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. Ele já foi escutado pela Polícia Federal.
Queiroz é investigado em um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, local onde Flávio Bolsonaro atuou como deputado estadual entre 2003 e 2018.
*Estagiaria sob supervisão da editora Liliane Corrêa