Denunciado nesta sexta-feira (03) pela força-tarefa da Lava Jato em SP, José Serra (PSDB) críticou a operação realizada pela Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público (MP). De acordo com ele, a busca e apreensão realizadas pelas instituições foram "medidas invasivas e agressivas". Ele também disse que acredita na Justiça e afirmou que todos os atos de sua vida pública tiveram base "na licitude e na integridade".
Serra ainda disse que a operação, "em meio a uma pandemia", é "desarrazoada".
Leia a íntegra da nota:
"Causa estranheza e indignação a ação deflagrada pela Força Tarefa da Lava Jato de São Paulo na manhã desta sexta-feira (3) em endereços ligados ao senador José Serra. Em meio à pandemia da COVID-19, em uma ação completamente desarrazoada, a operação realizou busca e apreensão com base em fatos antigos e prescritos e após denúncia já feita, o que comprova falta de urgência e de lastro probatório da acusação.
É lamentável que medidas invasivas e agressivas como a de hoje sejam feitas sem o respeito à Lei e à decisão já tomada no caso pela Suprema Corte, em movimento ilegal que busca constranger e expor um senador da República.
O senador José Serra reforça a licitude dos seus atos e a integridade que sempre permeou sua vida pública. Ele mantém sua confiança na Justiça brasileira, esperando que os fatos sejam esclarecidos e as arbitrariedades cometidas devidamente apuradas".
Entenda o caso
Durante a manhã, a PF fez buscas na casa em que Serra e e a filha, Verônica Allende Serra, que também foi denunciada, moram em Alto de Pinheiros, Zona Oeste da capital paulista. De acordo com investigadores, os agentes foram recebidos apenas pela ex-mulher de Serra, Mônica. No local, foram apreendidos pen-drives, HDs e computadores.
O ex-governador está sendo investigado após denúncia de recebimento de propina e lavagem de dinheiro transnacional.
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa