O Projeto de Lei (PL) sobre a reforma da Previdência de Belo Horizonte teve sua tramitação na Câmara Municipal suspensa nesta terça-feira. A paralisação ocorreu por conta de pedido feito pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão ao Ministério da Economia. Uma portaria federal estabelece 31 de julho como data limite para mudanças previdenciárias em estados e municípios, sob pena de perda de repasses. O Executivo municipal, contudo, conseguiu a prorrogação do prazo.
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As negociações entre o governo federal e a pasta, liderada por André Reis, contaram com a participação de institutos previdenciários do país.
Déficit
Em 2018, a Prefeitura de Belo Horizonte calculava, atuarialmente, R$ 55,7 bilhões de rombo na Previdência da cidade. No ano passado, a administração municipal precisou desembolsar R$ 639 milhões extras para honrar os compromissos. Para 2020, a previsão é de um aporte ainda maior: R$ 821 milhões.
O sistema deficitário faz com que, segundo a Constituição Federal, Belo Horizonte seja obrigada a adotar alíquotas maiores que as contribuições dadas pelos servidores federais.
Antes de a tramitação suspensa, o projeto já havia recebido o aval das comissões de Legislação e Justiça, Administração Pública e de Orçamento e Finanças Públicas. O texto estava pronto para ser votado em primeiro turno em plenário.