O prefeito de Nova Serrana, região Centro-Oeste do Estado, Euzebio Lago (MDB) exonerou, nesta quarta-feira (08), o secretário-adjunto de comunicação social, Jonathas Wagner Jacino, dias depois de ele comemorar os sintomas de COVID-19 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em uma postagem nas redes sociais, ele disse que iria fazer uma festa se Bolsonaro morresse.
Leia Mais
Bolsonaro com COVID-19 muda rotina no Palácio do PlanaltoFazendo uso da hidroxicloroquina, Bolsonaro monitora efeitos do remédio no coraçãoVereador de BH muda o nome para homenagear BolsonaroA postagem foi feita pelo agora ex-secretário no início da semana quando houve as primeiras notícias de que o presidente estava com sintomas do novo coronavírus. “Bolsonaro tá com sintomas de Covid-19. Tá difícil conter minha alegria: se esse ser morrer eu vou fazer tanta festa”, postou. A postagem foi excluída após repercussão que ganhou força com um vídeo do deputado federal Junio Amaral (PSL/MG).
O parlamentar gravou um vídeo dizendo ter recebido solicitações de “apoiadores do Bolsonaro” para que tomasse medida acerca do que chamou de “postura medíocre e irresponsável” do secretário-adjunto. “Ele que é deliberadamente um inimigo do presidente e seus apoiadores. Destila o verdadeiro ódio nas redes sociais contra eles, hoje passou de todos os limites”, afirmou. Junio Amaral provocou o Ministério Público (PM) protocolando notícia-crime contra Jonathas.
“Ele está contrariando o artigo 37 da Constituição. Conheço o prefeito Euzebio e prefiro acreditar que ele não compactua com este tipo de posicionamento, mas é claro que a gente espera que haja resposta a tudo isso”, pressionou.
O artigo mencionado trata dos critérios de nomeações e contratações para o serviço público.
“Boçal”
O ex-secretário não comentou o assunto até o fechamento desta matéria. Entre várias postagens de crítica ao governo federal e relembrando declarações de Bolsonaro, ele compartilhou nas redes sociais um comentário feito por um internauta, classificando a exoneração como “boçal”.
A prefeitura não se manifestou sobre a exoneração.
*Amanda Quintiliano,especial para o EM