O Ministério da Saúde afirmou nesta quinta-feira (9) que o uso precoce de medicamentos, especialmente a cloroquina e a hidroxicloroquina, fez a pandemia perder força em alguns locais do Brasil. "O número absoluto (de casos) segue crescendo, mas a velocidade vem diminuindo. Há evidências também que em algumas cidades, estados, aplicou-se o tratamento medicamentoso precoce, que foi justamente o que contribui para o decréscimo dessa curva pandêmica", disse o secretário-executivo Elcio Franco, em entrevista à imprensa.
Porém, o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, afirmou não ser possível garantir que a droga impactou no curso da doença no Brasil, mas que há sinais favoráveis. "Sim, há indícios, estão divulgados em vários lugares da internet, mas ainda não podemos afirmar de forma inequívoca que o uso de específico da cloroquina reduziu o número de casos graves no país."
Franco voltou a dizer que a orientação do Ministério da Saúde deixou de ser para "ficar em casa", em caso de suspeita da COVID-19. A sugestão é buscar o médico. O secretário-executivo afirma que o SUS está preparado para atender a demanda de pessoas com sintomas leves que buscam unidades de saúde.
Apesar das afirmações dos secretários, os casos da COVID-19 seguem crescendo, ainda que em ritmo mais lento. O Brasil registrou 7% a mais de mortes na semana que se encerrou em 4 de julho, sobre a anterior, e avanço de 1% no número de óbitos.
Apesar de apontar a cloroquina como fator para amenizar a pandemia, o secretário-executivo reconheceu que a baixa de casos em algumas regiões era esperada, assim como previa-se avanço da doença ao interior e ao Sul. "Como era de se esperar, a pandemia está vindo do Norte ao Sul."
Não há estudo científico que mostre benefício do uso da cloroquina contra a COVID-19. Em 15 de junho, os Estados Unidos retiraram a autorização de emergência de tratamento com o medicamento contra a doença. Dias mais tarde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) interrompeu estudos com a droga.
Com informações do jornal O Estado de SP.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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