Após videoconferência com empresários, na tarde desta sexta-feira (10/7), o vice-presidente da República Hamilton Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia, disse que a meta é “reduzir o desmatamento ao mínimo aceitável”.
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Com atual sistema, qualquer governo terá de se aliar ao Centrão, diz MourãoRelatório do Congresso dos EUA: Bolsonaro ameaça democracia e AmazôniaMourão: 'Emprego de Forças Armadas na Amazônia não pode ser por tempo indefinido'“Todos eles colocam a questão de que a gente tem que ter uma meta. Olha, nós temos que reduzir o desmatamento ao mínimo aceitável e obviamente as pessoas também entenderem que não pode mais desmatar. Você tem duas soluções: a difícil, que é manter a repressão, e a fácil, que é o comprometimento das pessoas”, disse Mourão.
O vice-presidente afirmou que seria leviano chegar e dizer que vai reduzir o desmatamento em 50% e não possuir meios para tal: “Eu prefiro que a gente consiga terminar o nosso planejamento e eu dizer que até 2022, a cada semestre, eu vou reunir em ‘x%' até chegarmos ao ponto aceitável. É algo factível, e não eu ficar fazendo promessa que não vou cumprir”.
Desmonte do efetivo
Mourão admitiu que existe uma defasagem grande na força de trabalho das agências ambientais, e que por isso ele não vislumbra, ao mesmo a curto prazo, operar no combate ao desmatamento na Amazônia sem o apoio das forças armadas.
O decreto, que autorizou a atuação das Forças Armadas, na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), na região da Amazônia Legal terminaria nesta sexta-feira (10), mas foi estendido até novembro.
Conforme o vice-presidente, existe uma carência de 50% do efetivo, sendo que, do quantitativo existente, só um terço está no combate direto, enquanto o restante fica em trabalho administrativo. “E não é só a Amazônia que o Ibama e o ICMBio tem que fiscalizar”, disse.
Avanço na degradação
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta sexta-feira mostraram o contínuo avanço do desmatamento na Amazônia Legal. Observando a série histórica, foi o mês de junho com mais degradação desde 2007.