O ex-ministro "relâmpago" da Educação, Carlos Alberto Decotelli, admitiu "falhas técnicas" no currículo e diz ter "pecado pela soberba", mas reafirma histórico de atuação como professor e diz que "anos de aulas e estudos foram jogados no lixo".
As declarações foram feitas em artigo publicado no jornal O Globo. "Meu currículo tinha, sim, falhas técnicas, como dizer que concluí o curso de doutorado em vez de dizer que concluí os créditos do curso de doutorado, e que fiz pós-doutorado, em vez de dizer que fiz pesquisa de pós-doutorado", afirma Decotelli, emendando que não foi capaz de "se explicar ou corrigir quaisquer incorreções ou equívicos" e que situação "ofuscou completamente sua trajetória."
As declarações foram feitas em artigo publicado no jornal O Globo. "Meu currículo tinha, sim, falhas técnicas, como dizer que concluí o curso de doutorado em vez de dizer que concluí os créditos do curso de doutorado, e que fiz pós-doutorado, em vez de dizer que fiz pesquisa de pós-doutorado", afirma Decotelli, emendando que não foi capaz de "se explicar ou corrigir quaisquer incorreções ou equívicos" e que situação "ofuscou completamente sua trajetória."
No artigo, ele também não escondeu a decepção com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que negou qualquer vínculo docente entre ele e a instituição. "Dou aulas na FGV desde 1986. Meus 40 mil alunos de cerca de 1,3 mil turmas estão aí para testemunhar", disse, afirmando, em seguida, que sempre recebeu excelentes avaliações de seus alunos e que isso "vale mais do que os discursos politicamente motivados por algumas instituições." Declarou, ainda que a atitude da FGV de negar o vínculo foi "inexplicável e pusilânime."
O ex-ministro classificou todo o processo como um "agressivo questionamento de sua história", em que "todos os anos de estudo e de horas em sala de aula foram jogados instantaneamente no lixo, sem que pudesse se defender."
Por fim, concluiu dizendo que lamenta "não ter a oportunidade de colaborar para a transformação da Educação do Brasil" e que encerrará a carreira como professor.
O ex-ministro classificou todo o processo como um "agressivo questionamento de sua história", em que "todos os anos de estudo e de horas em sala de aula foram jogados instantaneamente no lixo, sem que pudesse se defender."
Por fim, concluiu dizendo que lamenta "não ter a oportunidade de colaborar para a transformação da Educação do Brasil" e que encerrará a carreira como professor.
Relembre
Carlos Alberto Decotelli foi anunciado e teve a nomeação para Ministro da Educação publicada no Diário Oficial da União em 25 de junho, mas não chegou a tomar posse e pediu para ser exonerado cinco dias depois.
A demissão veio após diversas instituições contestarem dados do currículo dele, como a Universidade do Rosário, da Argentina, e a Universidade de Wuppertal, na Alemanha. A gota d'água para a saída foi a declaração da FGV de que Decotelli nunca teria sido pesquisador ou professor da instituição.
Na última sexta-feira (10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou o nome do pastor Milton Ribeiro para o Ministério da Educação.