O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), anunciou pelo Twitter a antecipação do pagamento da segunda parcela do salário dos servidores em três dias. Na postagem, feita na manhã de terça (21, ele afirmou que o estado deve fazer os depósitos nesta quarta-feira (22). Antes, a previsão era de pagamento no sábado. “Como sempre faço, determinei que fosse dada prioridade ao pagamento do funcionalismo público. Sendo assim, conseguiremos adiantar o pagamento, que estava previsto para sábado, e quitaremos a segunda parcela do salário do servidor nesta quarta-feira”, disse ele.
voltou a defender a reforma da Previdência apresentada pelo seu governo à Assembleia Legislativa dizendo que as mudanças nas regras do funcionalismo são fundamentais para desafogar as contas do estado. Mas, se a reforma fosse votada hoje no Legislativo, seria derrotada por 48 votos e apenas 28 a favor, de acordo com sondagem feita pelo blog Além do Fato, parceiro do Portal Uai (uai.com.br), desde a chegada da proposta, em 19 de junho, e atualizada frequentemente sobre o voto dos 77 deputados estaduais. Para ser aprovada, a reforma precisa de 48 votos porque é uma proposta de emenda à Constituição.
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais na segunda-feira, Zema Dos 76 deputados aptos a votar, já que o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus (PV), não vota, 16 são do bloco de oposição liderado pelo PT e rejeitam a proposta do governo. Dos 60 restantes, embora não sejam oposição, 22 afirmaram apenas que não votam contra o funcionalismo. Por fim, dos outros 38 parlamentares, 10 disseram estar ainda indecisos. Outra questão que incomoda o governo é que a votação ocorrerá às vésperas das eleições municipais, marcadas para novembro, o que acaba pressionando os deputados que são candidatos a prefeito ou que apoiam aliados.
Votar contra interesses dos servidores neste momento pode implicar derrota nas urnas. Apesar da pandemia, no recesso parlamentar iniciado na última segunda-feira, os contatos dos deputados com suas bases eleitorais também serão mais constantes. Policiais civis, por exemplo, marcaram mobilização contra a reforma para 6 de agosto.
ALÍQUOTAS
A reforma muda alíquotas progressivas de contribuição, o tempo necessário para concessão da aposentadoria e a idade mínima. Homens precisarão trabalhar por mais cinco anos. Mulheres, por mais sete. Na semana passada, a Assembleia Legislativa promoveu seminário para discutir o teor da reforma. Os descontos progressivos – que, efetivamente, variam entre 13% e 18,38% – foram alvo de críticas de diversos sindicatos. O governo acredita que as alterações são fundamentais para aliviar as contas do estado. O Executivo estima economizar R$ 32,6 bilhões em uma década.
Em tese, Minas Gerais tem até 31 de julho para colocar em vigor as alterações. Isso porque uma portaria federal define a data como limite para a adoção de novas regras. O governo, contudo, já admite a necessidade de estender o prazo até meados de agosto. Zema mantém interlocuções junto ao Palácio do Planalto em busca da prorrogação. Após a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), os deputados estaduais mineiros entraram em recesso, o que impede a análise da Reforma da Previdência até o próximo mês.
Maioria reprova
O blog Além do Fato, parceiro do uai.com.br, consultou os deputados estaduais para saber como eles votarão em relação à reforma da Previdência. A sondagem dividiu os parlamentares contrários à reforma em dois blocos: a oposição ao governo Zema e os que não votam contra o funcionalismo estadual, seja qual for o tema
NÃO VOTAM CONTRA O FUNCIONALISMO
- Bruno Engler (PRTB)
- Cleitinho (Cidadania)
- Coronel Sandro (PSL)
- Delegado Heli Grilo (PSL)
- Delegada Sheila (PSL)
- Douglas Melo (MDB)
- Doutor Paulo (Patri)
- Doutor Wilson Batista (PSD)
- Fábio Avelar (Avante)
- Fernando Pacheco (PV)
- Ione Pinheiro (DEM)
- João Leite (PSDB)
- Mário Henrique Caixa (PV)
- Mauro Tramonte (Republicanos)
- Oswaldo Lopes (PSD)
- Professor Cleiton (PSB)
- Professor Irineu (PSL)
- Prof. Wendel Mesquita (Solidariedade)
- Repórter Rafael Martins (PSD)
- Rosangela Reis (Pode)
- Sargento Rodrigues (PTB)
- Thiago Cota (MDB)
CONTRA
- Ana Paula Siqueira (Rede)
- André Quintão (PT)
- Andréia de Jesus (Psol)
- Beatriz Cerqueira (PT)
- Betão (PT)
- Celinho Sintrocel (PCdoB)
- Cristiano Silveira (PT)
- Doutor Jean Freire (PT)
- Elismar Prado (Pros)
- Gustavo Santana (PL)
- Leninha (PT)
- Léo Portela (PL)
- Marília Campos (PT)
- Marquinho Lemos (PT)
- Ulysses Gomes (PT)
- Virgílio Guimarães (PT)
A FAVOR
- Alencar da Silveira Jr. (PDT)
- Antônio Carlos Arantes (PSDB)
- Arlen Santiago (PTB)
- Bartô (Novo)
- Betinho Pinto Coelho (Solidariedade)
- Bráulio Braz (PTB)
- Carlos Henrique (Republicanos)
- Carlos Pimenta (PDT)
- Cássio Soares (PSD)
- Celise Laviola (MDB)
- Charles Santos (Republicanos)
- Dalmo Ribeiro (PSDB)
- Duarte Bechir (PSD)
- Gil Pereira (PSD)
- Glaycon Franco (PV)
- Guilherme da Cunha (Novo)
- Gustavo Valadares (PSDB)
- Hely Tarquínio (PV)
- Inácio Franco (PV)
- João Magalhães (MDB)
- Laura Serrano (Novo)
- Leonídio Bouças (MDB)
- Luiz Humberto Carneiro (PSDB)
- Raul Belém (PSC)
- Roberto Andrade (Avante)
- Sávio Souza Cruz (MDB)
- Tadeu Martins Leite (MDB)
- Tito Torres (PSDB)
INDECISOS
- Bosco (Avante)
- Coronel Henrique (PSL)
- Doorgal Andrada (Patri)
- Gustavo Mitre (PSC)
- João Vitor Xavier (Cidadania)
- Leandro Genaro (PSD)
- Neilando Pimenta (Pode)
- Noraldino Jr. (PSC)
- Zé Guilherme (PP)
- Zé Reis (Pode)
Fonte: Blog Além do Fato/www.uai.com.br