O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) afirmou que pretende concorrer ao Planalto em 2022, como candidato a presidente ou a vice. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 22, no programa Ponto a Ponto, da Band News TV.
Durante a entrevista, Mandetta disse que pretende concorrer em uma chapa à presidência e garantiu que vai estar "em praça pública" para lutar por seus ideais. O ex-deputado federal também afirmou que não vai abrir mão de sua participação nas próximas eleições gerais por discordância de seu partido.
"Em 2022 eu vou estar na praça pública, lutando por algo que eu acredito. Se o Democratas acreditar na mesma coisa, eu vou. Se o Democratas achar que ele quer outra coisa, eu vou procurar o meu caminho. Eu vou achar o caminho. Como candidato, ou carregando o porta-estandarte do candidato em que eu acreditar. Mas que eu vou participar das eleições, eu vou", disse.
Apesar do desejo de concorrer à Presidência, o ex-ministro afirmou que não descarta a possibilidade de concorrer a algum cargo no Mato Grosso do Sul, seu Estado de origem, seja ao governo ou ao Senado. No entanto, Mandetta afirmou que não pretende voltar a concorrer ao cargo de deputado federal, no qual já cumpriu dois mandatos.
A decisão, contudo, vai depender da conjuntura. O ex-ministro ponderou que a projeção nacional que ganhou no começo da pandemia, principalmente pela defesa do isolamento social - o que o colocou em confronto direto com o presidente da República, Jair Bolsonaro - pode não durar até o ano da eleição.
"O que eu vejo é que aquilo (a projeção nacional) é fruto de um momento. Eu não sei se o momento está muito longe de 2022, se isso tem recall em 2022. Vivemos em uma sociedade que é tão de consumo que pode ser que em fevereiro do ano que vem, o grande barato seja o novo hit do carnaval e que a gente seja jogado em um grande baú de memórias."
Não é a primeira vez que o ex-ministro comenta a possibilidade de candidatura em 2022. Em entrevista à agência de notícias francesa AFP, em junho, Mandetta disse manter contato com o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, que também abandonou o governo após romper com o presidente. Questionado sobre a possibilidade de uma chapa presidencial com Moro, o ex-títular da saúde disse que tinha um "dever como cidadão" de dialogar com o colega dos tempos de governo, garantiu que participaria do pleito e não descartou a parceria. "Vai que rola", disse na época.
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