Os partidos DEM e MDB, que integravam o bloco do 'Centrão' na Câmara dos Deputados, irão sair do grupo, que soma mais de 200 dos 513 parlamentares da Casa. O líder do DEM, Efraim Filho, disse ao Correio que as duas legendas entenderam que era o movimento de "preservar essa autonomia regimental".
"Não teve bronca, não teve briga, não teve divergência. É uma posição em nome da autonomia", afirmou. O bloco hoje é formado pelo PL, PP, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, PROS e Avante - alguns estão mais alinhados com o governo (como o PP, PSD e PL) e outros tem posição de mais moderados, como o Solidariedade.
Em sua página no Twitter, o líder do MDB, Baleia Rossi, escreveu apenas que a presença do partido "no bloco majoritário da Câmara se devia às cadeiras nas comissões". "Manteremos diálogo com todos", escreveu.
O MDB independente foi aprovado na convenção que me elegeu presidente do partido em 2019. Apoiamos o que acreditamos ser bom para o País. A presença do MDB no bloco majoritário da Câmara se devia às cadeiras nas comissões. Manteremos diálogo com todos. Somos #PontoDeEquilíbrio
— Baleia Rossi (@Baleia_Rossi) July 27, 2020
O líder do PP e do bloco, Arthur Lira (PP-AL), também se pronunciou pelas redes sociais. De acordo com ele, o bloco "tem como objetivo manter o diálogo e a votação das pautas importantes para o país".
"O chamado bloco do centrão foi criado para formar a comissão de orçamento. Não existe o bloco do Arthur Lira. O bloco foi formado para votar o orçamento e é natural que se desfaça. Ele deveria ter sido desfeito em março, o que não aconteceu por conta da pandemia", escreveu em sua página do Twitter.
O bloco foi formado para votar o orçamento e é natural que se desfaça. Ele deveria ter sido desfeito em março, o que não aconteceu por conta da pandemia.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) July 27, 2020