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Estado de Minas PARCERIA

Ao lado do senador Ciro Nogueira, réu no STF por organização criminosa e ex-aliado de Lula, Bolsonaro visita o Piauí

O senador é presidente do Progressista (PP), um dos partidos do Centrão, que passou a negociar cargos com o presidente em troca de apoio no Congresso


30/07/2020 16:37 - atualizado 31/07/2020 07:31

A visita ao Piauí foi prometida pelo próprio Bolsonaro ao parlamentar(foto: Twitter/Reprodução)
A visita ao Piauí foi prometida pelo próprio Bolsonaro ao parlamentar (foto: Twitter/Reprodução)
Em um vídeo publicado no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aparece ao lado do senador Ciro Nogueira (PP), jogando água em populares durante visita em São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí. Nogueira é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por organização criminosa e ex-apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste. 


Sem máscara, Bolsonaro montou em um cavalo e tocou nas mãos de pessoas que estavam aguardando por ele no aeroporto.

Ciro Nogueira é presidente do Partido Progressista (PP), uma das legendas que integram o Centrão, que passou a negociar cargos com o presidente em troca de apoio no Congresso.

A visita ao Piauí foi prometida pelo próprio Bolsonaro ao parlamentar, que já emplacou seu ex-chefe de gabinete no comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia ligada ao Ministério da Educação que, em 2019, administrou orçamento de aproximadamente R$ 50 bilhões.

A viagem deveria ter ocorrido no início do mês, mas o presidente adiou a visita duas vezes, depois de diagnóstico positivo para a COVID-19.

Ao lado do presidente no Piauí, Ciro Nogueira gritou palavras de ordem como “mito” e “fim da Lava-Jato”. 
 

Investigações 


O senador é réu no Supremo por organização criminosa. Ele é acusado de desviar dinheiro da Petrobras no esquema investigado pela Operação Lava-Jato.

O caso de Nogueira é investigado desde abril de 2017, quando executivos e ex-executivos da Odebrecht fecharam acordo de delação premiada e afirmaram que o senador havia pedido ajuda à empresa entre 2010 e 2014 para campanhas políticas.

De acordo com a Polícia Federal, o presidente do PP teria recebido R$ 300 mil em 2010 e R$ 1,3 milhão em duas vezes, em 2014, por meio de um esquema de pagamento de propina. Além disso, teria recebido outros R$ 6 milhões, omitido por um dos delatores.

Nogueira teria arrecadado propina por meio de diversos órgãos, como a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades. Na denúncia feita ao STF, é citado em documento que ele já foi investigado na ação penal do "quadrilhão do PP."
 
Vale relembrar, que o PP é o partido com o maior número de investigados com foro na Lava-Jato, e também um dos maiores envolvidos no caso do mensalão. 
 

'Diferencial de Lula'

 
Em 2018, durante a campanha à Presidência da República, Ciro Nogueira, presidente do PP, partido que apoiava o então candidato tucano Geraldo Alckmin, fez campanha, no Piauí, para o petista Fernando Haddad, pedindo voto para "o candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva".

Ao lado de Haddad, em um palco em Teresina, Nogueira disse que o fato de a campanha petista começar pelo Piauí mostra o “diferencial” do ex-presidente Lula, o “carinho” que tem pelos mais pobres e pelo desenvolvimento do Nordeste.

 
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz


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