Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Em live, blogueiro Allan dos Santos diz que deixou o Brasil

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos afirmou nessa quinta-feira, 30, que deixou o Brasil. Alvo de uma investigação em curso, no âmbito do inquérito das fake news, Santos disse, durante uma live organizada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que deixou o país por questões de segurança, para poder denunciar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e um plano para derrubar o presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita nesta quinta-feira, 30.





"A única maneira de eu poder dar essa informação era de fora do país. Hoje eu estou fora do país, seguro, e estou aqui trazendo essa notícia para vocês", disse Allan dos Santos.

Sem apresentar provas, o blogueiro afirmou que Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria informações sobre grampos telefônicos feitos no País, com origem nas embaixadas da China, Coreia do Norte e na casa do advogado criminalista Antônio Carlos "Kakay". Os grampos teriam sido descobertos por uma empresa alemã, contratada por um funcionário do TSE.

"Por que eu estou dando essas informações? Porque eu estou fora do Brasil. Se eu ainda estivesse eu estaria com medo de morrer, porque estamos lidando com criminosos. Eu estou acusando Luis Roberto Barroso de prevaricação. Ele prevaricou. Ele tem informações de grampos telefônicos vindo de duas embaixadas, que é contra qualquer lei de segurança nacional, e não avisou o presidente da República", disse durante a live.





Allan dos Santos é um dos apoiadores do presidente que tiveram suas contas no Twitter e Facebook suspensas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, que justificou o bloqueio temporário pela necessidade de 'interromper discursos criminosos de ódio'.

Segundo o blogueiro, que classifica o inquérito das fake news como censura, as operações para cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua casa foram "provavelmente" feitas para colocar e retirar escutas telefônicas. O blogueiro diz que a intenção das autoridades seria "obter qualquer tipo de informação que pudesse criminalizar o presidente Bolsonaro e utilizar isso no TSE."

Santos também disse que, caso "alguma coisa" acontecesse com ele, os culpados seriam "a embaixada da China em Brasília, a embaixada da Coreia do Norte em Brasília, Kakay, que é do Partido dos Trabalhadores, Barroso ou Alexandre."

"Eu estou colocando minha vida em risco dando essa informação. Eu tenho essa informação e estou dando ela aqui para vocês. Eles querem cassar o presidente Bolsonaro, estão fazendo escuta telefônica".