Após 40 dias de sua chegada aos Estados Unidos, que deixou a impressão no Brasil de ter empreendido uma viagem de fuga, tamanha foi rapidez com que deixou o Brasil depois de ser exonerado do cargo de ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub será recompensado pelo atual governo brasileiro por ter saído sem defenestrar o presidente, que ficou visivelmente acabrunhado (veja vídeo) por demitir o aliado do cargo.
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Nessa quinta-feira, após ser confirmado no cargo, Weintraub sinalizou à rede de televisão CNN que o polemista deve ficar no passado durante o exercício do cargo – garantido até 31 de outubro, quando nova eleição deverá ocorrer. ”Não esperem barulho, trabalho em banco é silencioso”, declarou o ex-ministro.
Weintraub foi eleito pelo grupo de países - conhecido como constituency-, representando Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Haiti, Panamá, Filipinas, Suriname e Trinidad e Tobago para ser Diretor Executivo no Conselho do Banco, que tem 25 cadeiras em seu conselho executivo, representando os países que integram a instituição.
Por meio de nota, o Bird fez questão de ressaltar no curto comunicado que o cargo de Weintraub não o torna funcionário do banco. "Diretores Executivos não são funcionários do Banco Mundial. Eles são nomeados ou eleitos pelos representantes dos nossos acionistas", diz o texto.
Weintraub, que responde dois inquéritos por racismo contra chineses e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal, foi indicado pelo governo brasileiro, apesar de diversos protestos, incluindo a dos próprios funcionários, que argumentaram com o risco de 'perda de credibilidade' do Bird.